Bateu saudades de um “pé de valsa”? Hoje, dia 4, o presidente da Fundação de Cultura Elias Mansour, Manoel Pedro (Correinha), recebeu o coordenador do Senadinho, Wilson Araújo. O motivo do encontro foi para tratar sobre a retomada das atividades do Senadinho para dezembro. As atividades foram paradas há, aproximadamente, um ano e meio devido a pandemia da COVID-19.
Wilson conhece bem a importância que essas atividades têm na vida da população idosa acreana. Ele é fundador do Senadinho e há mais de 20 anos trabalha na organização dele. Para ele, é muito importante destinar a cultura para a terceira idade. “Me procuram dizendo que sentem falta desse contato”.
Fonte: agencia de notícias do Acre
A previsão agora é que as atividades sejam retomadas em dezembro deste ano e que a maioria dos encontros ocorram no espaço cultural O Casarão.
Se você é acreano do “pé rachado” , com certeza a maneira que você pronuncia determinadas palavras tem influência da cultura indígena local. O modo como cada vocábulo é pronunciado, sua entonação e sonoridade foram alguns dos motivos que levaram o maestro e professor Afonso Portela a pesquisar a respeito e elaborar um livro sobre o tema.
Apesar de a pesquisa, intitulada “O Uso de Vocábulos Amazônicos na Interpretação de Canções”, fazer parte do programa de pós-graduação realizado por ele na Universidade do Estado de Santa Catarina (UESC), a lei Aldir Blanc, através da Fundação de Cultura Elias Mansour, foi primordial para o seu desenvolvimento e conclusão, possibilitando viagens para bibliotecas em outros estados.
Arquivo pessoal: Maestro Afonso Portela
Você sabe o que é um vocábulo? trata-se de um pequeno trecho de som que é produzido nas falas, e pode se dizer que toda letra é um vocábulo ou simplesmente a junção de alguns. Sua pesquisa envolveu a análise de cinco músicas do cantor paraense Waldemar Henrique. O músico fez um levantamento de dicções e características de falas amazônicas. Ele entrou em contato com todos os estados do norte do país, exceto Tocantins. Após ter todo o material, ele realizou um comparativo do que há de semelhante e do que há de diferente, além de se basear ,primeiramente, no seu estado de origem, o Acre.
“Quando eu penso no que as pessoas podem aprender com isso, eu fico muito feliz.”
Afonso Portela
Com os processos de imigração e povoamento da região, a linguagem foi se diversificando de acordo com cada estado amazônico, incluindo o Acre. Suas pesquisas concluíram que a linguagem local possui nasalidade e isto está diretamente relacionado à ancestralidade indígena, pois as etnias que formam o território amazônico, utilizam a “nasalidade” em vogais específicas de acordo com a etnia. Para embasar o assunto, ele utiliza desde Platão a Focult, além de envolver estudos semióticos, os quais ele utiliza da retórica musical que revela algo além.
Arquivo pessoal: Maestro Afonso Portela
A obra não tem data para ser publicada, porém, o professor espera ansiosamente para compartilhar os resultados de sua pesquisa através do livro, para que a população acreana e nortista conheçam ainda mais a própria cultura.
A pandemia afetou em cheio a classe artística de todo o país, e no Acre não foi diferente, onde a pandemia fechou as portas para todos os artistas, em especial os da música que se apresentam nas noites acreanas.
Com 35 anos de carreira, a banda Mugs II, grupo bem conhecido pelos acreanos, tiveram que entrar em isolamento social e suspender todas as suas agendas.
Mas, na noite desta quinta-feira, 28, no palco da Usina de Artes João Donato durante a Live do Servidor, promovida pelo Governo do Acre e Fundação de Cultura Elias Mansour (FEM), o grupo pôde retornar a brilhar e encantar o público.
Apresentação da banda Mugs ll na Live do Servidor. Foto: cedida
Para o integrante da banda, Luiz Ivan, o retorno tem um grande significado para o grupo, ainda mais após a pandemia.
“A sensação de estar retornando aos palcos é indescritível, pois nós somos uma banda de coroas. Poder está aqui hoje é uma sensação de liberdade para poder voltar a fazer o que a gente mais gosta”, revela, emocionado, Luiz Ivan.
Recentemente, no dia 13 de setembro a diretora e atriz Adriana Oliveira foi premiada na quarta Mostra Nacional de Cinema do SESC através da obra “Um olhar no cinema acreano nesses 48 anos – Um recorte na historia da sétima arte”. O documentário foi aprovado na primeira fase da lei Aldir Blanc e mostra um pouco do cotidiano da região, historias e costumes que influenciaram criações cinematográficas no estado ao longo de todos estes anos.
Documentário foi aprovado na primeira fase da lei Aldir Blanc e mostra um pouco do cotidiano da região, histórias e costumes que influenciaram criações cinematográficas no estado Foto: Cedida.
O documentário busca mostrar como foi a construção do cinema acreano desde os anos 70, contando as dificuldades e impedimentos sofridos pelos cineastas na época. Através do projeto, a produtora destacou a possibilidade de locar equipamentos cinematográficos para o longa-metragem, que tem em torno de 1 hora e 18 minutos, ressaltando aspectos históricos e sociais. Devido ao êxito na premiação, a produção irá percorrer todo o território nacional.
A obra foi exibida pela primavera vez no Teatro Hélio Melo no Memorial dos Autonomistas. Dentre os nomes que fazem parte da trajetória do cinema no estado, estão: Fátima Cordeiro, Adalberto Queiroz, Teixeirinha do Acre e Tonivan. Sobre a lei Aldir Blanc, a cineasta disse:
” Este recurso possibilitou que nós do Acre produzíssemos além, abrindo novos caminhos para o audiovisual.”
Adriana Oliveira
A paixão pelo cinema na vida de Adriana surgiu no ano de 2006, quando atuou como atriz pela primeira vez. A maioria dos filmes em que atuou foram dirigidos por Guilherme Francisco e a medida em que o tempo foi passando, ela buscou cada vez mais fazer trabalhos na área.
Para a cineasta, fazer esse documentário é valorizar a nossa cultura, a nossa identidade e mostrar isso para o público é propagar ainda mais a importância do recorte cinematográfico para a sociedade acreana.
A artesã Giane Mary lançou, no último dia 15, sua primeira cartilha “Artesanato: a arte que transforma a vida”. O material reúne um pouco do trabalho que ela e a artesã Lauana Lima desenvolvem em Rio Branco desde 2017, quando iniciaram uma série de atividades de formação, compartilhando técnicas de confecção de Olhos de Deus. Em seguida, mergulharam em estudos e pesquisas nas culturas afro-brasileiras, ayahuasqueiras, indígenas e tradicionais da região amazônica, incorporando outros artesanatos no repertório.
“Cada nova técnica, cada nova peça é uma conquista. Os Olhos de Deus, que me levaram até as Mandalas de Olhos de Deus, as Garrafas Decoradas com temas tradicionais, os Estandartes Ayahuasqueiros, os Relicários, os Filtros de Sonhos. O repertório vem despertando o interesse de muitas pessoas. Novos artesãos vêm nascendo, novas perspectivas aparecendo, principalmente nesse contexto pandêmico em que nos encontramos, onde a cultura exerce um papel fundamental no bem-estar emocional e psicológico das pessoas”, comenta Giane Mary.
A artesã Giane Mary lançou, no último dia 15, sua primeira cartilha “Artesanato: a arte que transforma a vida”, financiada pela Lei Aldir Blanc. Foto: Cedida
A cartilha, financiada pela Lei de Emergência Cultural Aldir Blanc (LAB), através do edital 02/2020, disponibilizado pela Fundação de Cultura Elias Mansour (FEM), foi lançada virtualmente e está sendo distribuída em diversos espaços públicos de cultura. Além disso, as artesãs pretendem compartilhar gratuitamente com seu público, durante as diversas atividades culturais que realizarem. Nos próximos dias 17 e 18, elas realizarão uma oficina de Mandalas Avançadas, no Espaço Uniluz, também com o financiamento da LAB, via edital de formação da FEM. As inscrições estão abertas e podem ser feitas através das redes sociais.
Foto: Cedida
“Iniciei minha trajetória no artesanato com a Giane Mary, no ano de 2014, em uma oficina de Olho de Deus, que por ter sido o primeiro, ocupa um lugar especial no meu coração. Nossa parceria floresceu e vem trazendo lindos frutos, sendo um deles esta cartilha, onde compartilhamos e registramos nosso trabalho”, explica Lauana.
Quem tiver interesse na cartilha, nas oficinas e nas peças das artesãs, sigam a rede social: @mandaalando_
A semana estadual do livro e do incentiva à leitura e à escrita iniciou com forte presença juvenil, na manhã do dia 9. A biblioteca pública Adonay Barbosa realizou uma roda de conversa com jovens escritores superdotados. O bate-papo ocorreu no Espaço Criança e foi ministrado pela Academia Juvenil Acreana de Letras (AJAL) e o Núcleo de Altas Habilidades e Superdotação (NAHAS).
Fonte: Arquivo pessoal da Biblioteca Pública Adonay Barbosa.
O evento culminou no lançamento do livro do jovem Karl Marx Apurinã que publicou sua primeira obra “O rei do tempo”. O rapaz que possui o nome de um dos grandes filósofos e sociólogos da historia faz jus ao seu nome. Ele é acompanhado pelo (NAHAS) por demonstrar aptidão acima da média na área da escrita. A mãe do jovem escritor esteve presente no lançamento e comentou sobre seu interesse por bibliotecas.
“É de extrema importância para a sociedade em geral, o lançamento do livro do meu filho ter acontecido na biblioteca. Ele sempre foi apaixonado por bibliotecas, desde os dois anos de idade ele me pedia pra trazer ele, porque era como um parque de diversão dele.”
Fonte: Arquivo pessoal da Biblioteca Pública Adonay Barbosa.
O contato com a literatura vem desde cedo e o gosto pelos livros também. Dentre suas inspirações para escrever, está a luta indígena que ele utiliza em suas poesias. O livro de Karl fala sobre um soldado que encontra um reino em guerra e decide explorá-lo e é desta forma que ele descobre que possui uma grande força. Em um mundo de fantasia cercado por monstros e dragões, magos, castelos e vulcões, e vai até outras dimensões para descobrir sobre tudo. Se você é uma pessoa curiosa, com certeza você vai vivenciar através das linhas uma viagem através do personagem e sua aventura.
“Eu achei a semana do livro importante, porque ela estimula a leitura e a escrita, e é importante para desenvolver o pensamento das pessoas. Ter laçado um livro na biblioteca pública foi muito bom, porque eu olhava aqueles livro e pensava que um dia o meu livro poderia estar entre eles. Eu pensava que se alguém visse os livros e gostasse da maneira como eu via, eu ia ficar feliz.”
O que uma viagem com um catraieiro pode render a um poeta? Na Semana Estadual do Livro e de Incentivo à Leitura e à Escrita o escritor Alessandro Gondim responde a essa pergunta. O autor foi contemplado no Edital de Arte e patrimônio proposto pela Fundação de Cultura Elias Mansour, com o livro “O poeta e o catraieiro”. A obra é uma “ode” à Amazônia e sua diversidade e tem como viés duas figuras centrais da nossa terra, o poeta e o catraieiro. Para a execução de seu projeto, ele ressaltou a importância da lei Aldir Blanc para os fazedores de cultura que, como ele, não tem recursos para realizar uma produção independente.
“Chegou numa hora perfeita para atender nossas necessidades e nos dar um fôlego de força para enfrentar essa pandemia com a arte” disse Alessandro.
A produção literária foca no cenário acreano, na terra, no povo, além de expressões e falas populares. Na visão do escritor “o poeta” ilustrado em sua obra descobre as belezas da natureza, da cidade e das pessoas através da viagem que faz com o catraieiro dentro de uma catraia. Suas poesias possuem vários personagens regionais dentre eles barqueiros e seringueiros. Tudo isso, tem muito a ver com a sua criação próxima de açudes e igarapés.
Segundo ele, essas relações com a natureza ainda se mantém viva mesmo na vida adulta. Alessandro traz consigo lembranças pessoais, mas também recorda sobre a experiência de seus avós e pais com a floresta.
O poeta acreano se considera uma incógnita para si mesmo por buscar se conhecer constantemente. Para ele, todo os dias estamos nos transformando, todo os dias somos “outro”, o que nos torna “uma metamorfose ambulante”. Sua escrita tem muito a ver com isso, pois parte do “sentir”. Ele tem como prioridade ser fiel ao eu-lírico no contexto do que acredita, partindo sempre de percepções internas e não externas. “ Só falo sobre aquilo que seja visceral e venha das minhas entranhas” afirma o escritor.
Alessandro é um apaixonado por literatura e pela arte como um todo e não vê sua vida sem esses elementos e revela que o grande encontro que teve na vida foi descobrir dentro de si um artista, um literato. Além da arte, o poeta se define como um “amante” da filosofia, a qual ele utiliza como uma grande inspiração teórica.
Para atiçar a curiosidade do leitor, o escritor revelou o nome de algumas poesias que irão compor o seu livro: O balceiro, Acreano do pé rachado, Raimundo, o seringueiro etc. E aí ficou curioso(a)? O livro será lançado dia 13 de setembro, segunda-feira, às 10 horas da manhã na biblioteca pública estadual Adonay Barbosa no piso superior.
“O mundo é um grande palco e a gente é ator transitando nele”
Traduzir o cotidiano amazônico que existe além dos rios e das florestas é sempre um desafio. Entretanto, o artista plástico Ueliton Santana conseguiu retratar isso através de suas obras. A exposição “reflexões amazônicas” está disponível no Memorial das Autonomistas em formato de quadros e instalações artísticas.
Para o pintor, a exposição é uma doação dele para a sociedade acreana, e ressalta a relevância da oportunidade obtida através da lei de incentivo.
“A lei Aldir Blanc veio num momento ímpar, me dando a oportunidade de, por exemplo, ministrar um curso de aquarela, que reuniu mais de cem pessoas”, explica.
Muitas das obras são inéditas, enquanto outras já foram expostas em países como a África, França, Inglaterra, Noruega, entre outros. Foto: Hannah Lydia/FEM
A ideia de montar a exposição começou durante a pandemia quando ele aproveitou seu período em isolamento social para pingar tinta sobre o papel e expressar algumas de suas observações em âmbito regional.
A exposição tem a curadoria da Rosilene Nobre, e é um compilado de obras de diferentes momentos e técnicas. A mostra artística conta com algumas redes, quadros e aquarelas que são compostas por materiais naturais, tais como: pigmentos com terra, urucum, jenipapo, etc.
Muitas das obras são inéditas, enquanto outras já foram expostas em países como a África, França, Inglaterra, Noruega, entre outros. Sua trajetória na arte tem um marco internacional que se espalha por toda a Europa, e isso se deve principalmente ao seu doutorado em Arte Contemporânea na Universidade de Coimbra, para o qual foi aprovado com distinção e louvor, sendo o primeiro da turma.
Ainda que ele tenha exposto em diversos países europeus, expor no estado onde nasceu tem um significado diferente para o artista.
“Sinto que a minha missão é devolver para o estado, para a Amazônia e para o mundo o que eu trago comigo”, disse.
Apesar de sua notoriedade na área, o artista se considera “um garoto simples” por ter saído das zonas rurais para expressar nas telas um pouco do que acredita. Sua história perpassa por vários continentes e partes do mundo que possuem culturas distintas, mas a que ele expressa através das cerdas do pincel é a acreana. Para ele, a formação no exterior pode levar esperança para muitas pessoas, principalmente aos jovens que vêm da mesma condição social.
“O mundo é um grande palco e a gente é ator transitando nele”, afirma.
O artista espera aproximar a arte das pessoas trazendo a Amazônia de forma artística até elas. Foto: Hannah Lydia/FEM
A exposição “reflexões amazônicas” acaba convergindo também com o seu livro, fruto da sua tese de doutorado, que fala sobre identidades, fronteira e deslocamento, e também é financiado pela Lei Aldir Blanc. O livro parte de percepções amazônicas acreanas que ele traz consigo.
Para Ueliton, falar sobre o estado na Europa causou “espanto”, mas, ao mesmo tempo, provou através de seu trabalho que o Acre existe. Ele não se prende a técnicas e sempre busca expandir seu objeto de pesquisa e identidade “A arte contemporânea vai além de quadros, ela envolve telas, relações, percepções e reflexões”.
O artista espera aproximar a arte das pessoas trazendo a Amazônia de forma artística até elas.
O horário de visitação da exposição é das 8h às 12h e das 14h às 19h, com data prevista para encerrar no dia 30 de julho.
Corta de cá, lixa de lá. Os artistas plásticos Luiz Carlos e Darci Seles, entendem bem como funciona esse processo, já que eles são os autores da réplica Douglas-DC3 que está aberta a visitação na exposição 1936: A trajetória – Um Voo Pela História da Aviação no Acre, No Memorial dos autonomistas.
Acervo pessoal: Réplica do avião Douglas C-47B Skytrain
Ambos os artistas são autodidatas Luiz inclusive declara “desde moleque eu sempre gostei de tintas”. Os dois artistas já trabalham juntos há bastante tempo, além de também cultivarem uma amizade de longa data. Para que a obra ficasse pronta eles trabalharam cerca de vinte dias no ateliê de Seles.
Foi a primeira vez, nos mais de vinte anos de carreira que eles receberam o desafio de criar a réplica de uma aeronave. Umas das maiores dificuldades encontradas pelos artistas foi dobrar a madeira, o processo teve que ser refeito. Para os artistas, eles conseguiram aprender um pouco no processo de produção, pois para a construção da réplica da aeronave foram necessários unir arte e história.
“ Acho que a nossa obra entra num conjunto de coisas. Nós trazemos uma sequência dessa história por isso, que eu acho que a pessoa deve ler e perceber tudo que está compondo a exposição para que possa entender um pouco mais a história do nosso estado.” Explica Darci
Acervo pessoal: Réplica do avião Douglas C-47B Skytrain
O DC3 como ficou popularmente conhecido é muito mais do que os olhos podem ver. A obra é composta por vários materiais, dentre eles cola, papel paraná, isopor, madeira, além dos processos de papietagem com papel, cimento e massa plástica. As Tintas utilizadas para dar cor e vida a obra transpassam entre tons prateados e o letreiro feito à mão na cor preta. A euforia para que o avião ficasse pronto era grande como conta Luiz “Eu sou um pouco ansioso, as vezes a massa não estava nem pronta e eu queria passar a massa, não era para passar a lixa e eu já queria lixar.“
Complementa,
“Essa situação era nova para a gente. A expectativa era grande de saber como ia ficar no final e claro, o mais perto possível do original que tinha que ficar mais próximo do original e a única referência que a gente tinha eram as fotos preto e branco. ”
Acervo pessoal: Réplica do avião Douglas C-47B Skytrain
O diâmetro e o tamanho do motor foram estudados minuciosamente, visando chegar o mais próximo da realidade do avião. Diferente da aeronave original que media 19 x metros por 22, a réplica possui uma envergadura de aproximadamente 2 metros.
Acervo pessoal: Réplica do avião Douglas C-47B Skytrain
Luís e Darci esperam que as pessoas conheçam a história da aviação através da representação artística do avião e que futuramente a replica de outros aviões sejam feitas. Até o final da exposição eles esperam que os visitantes possam valorizar ainda mais a historia do estado do Acre. Atualmente, a réplica feita pelos artistas está localizada no hall de entrada do Memorial e segue em exposição até o dia 27 de junho.
Acervo pessoal: Réplica do avião Douglas C-47B Skytrain
Grandes personalidades falam sobre a construção e história do segmento cinematográfico no estado
No início dos anos setenta, a bitola de 8 mm era a ferramenta mais aclamada pelos cineastas da época. Logo depois veio o VHS (Video Home System) e por fim, nos anos dois mil, começou a era digital. Se a cronologia desses fatos te interessou, no dia 1º de junho, às 9 horas, ocorre no Theatro Hélio Melo a exibição do documentário “ Um Olhar no Cinema Acreano Nesses 48 Anos – Um Recorte na Sétima Arte” de Adriana Oliveira. O evento conta com o financiamento da lei Aldir Blanc e com o apoio da Fundação de Cultura Elias Mansour (FEM).
O documentário busca mostrar como foi a construção do cinema acreano desde os anos 70, contando as dificuldades e impedimentos sofridos pelos cineastas na época. Através do projeto, a cineasta destacou a possibilidade de locar equipamentos cinematográficos para o longa-metragem, que tem em torno de 1 hora e 18 minutos ressaltando aspectos históricos e sociais.
” Um projeto desse porte requer muito suporte e mesmo com todas as dificuldades foi possível ter.” Explica Adriana.
A paixão pelo cinema na vida de Adriana surgiu no ano de 2006, quando atuou como atriz pela primeira vez. A maioria dos filmes que atuou foram dirigidos por Guilherme Francisco, e, a medida em que o tempo foi passando, ela foi buscando fazer cada vez mais trabalhos na área.
Arquivo pessoal : Adriana Oliveira.
“Na maioria dos filmes que eu fiz eu nunca ganhei nenhum recurso financeiro, foi mesmo por gostar do cinema, gostar da arte. Falar desse cinema nesses 48 anos é fazer uma reflexão sobre o presente, passado e futuro do nosso cinema.”, Disse Adriana.
Vários cineastas foram entrevistados para a composição da obra, dentre eles Guilherme Francisco, Adalberto Queiroz, Nilda Dantas, Da luz, Fátima cordeiro. Na produção há um destaque para “Teixeirinha do Acre”, percursor do cinema acreano, além de outras figuras do universo cinematográfico como Laurêncio Lopes,Tonivan etc…
Arquivo pessoal: Cineastas e atrizes que fazem parte do documentário “um olhar no cinema nesses 48 anos”
Para a cineasta, fazer esse documentário é valorizar a nossa cultura, a nossa identidade, e mostrar isso para o público é propagar ainda mais a importância do recorte cinematográfico para a sociedade acreana. Parte do material organizado para a produção é conteúdo inédito e será exibido apenas no lançamento !E aí, se interessou pelo evento?