O Sarau é um evento que permite que os servidores públicos compartilhem suas habilidades artísticas, como canto, dança, poesia, música instrumental, contação de história e performances. As inscrições devem ser feitas de forma online por meio dos seguintes links:
Em uma iniciativa do núcleo da Fundação de Cultura Elias Mansour (FEM), no Juruá, levou a criação da Banda Show Tigres Negros, que tem como seu coordenação o professor Stefany Ricardo.
A banda conta com a participação de músicos da comunidade, que buscam aprimorar seus conhecimentos nos mais variados tipos de instrumentos musicais.
Nesta semana, durante a comemoração do 45° aniversário do município de Mâncio Lima, a banda pôde se apresentar e fazer o público dançar e cantar com o melhor da música brasileira.
Durante a apresentação da ExpoJuruá, que contou com a presença do governador Gladson Cameli, a banda pôde apresentar o talento de seus integrantes, que arrancou aplausos e elogios dos presentes, inclusive do chefe maior do Estado.
“Esse trabalho tem sido reconhecido não só por mim, como chefe do Núcleo da FEM, mas também pela sociedade, tanto que o governo do Estado pediu que eles fizessem a abertura do lançamento da ExpoJuruá, como também as Prefeituras da região estão começando a convidá-los para participar de shows em datas comemorativas”, destaca Motta, chefe do núcleo da FEM no Juruá.
Abertura do Festival Delas – O que é que a caboca tem? (Virtual)
Serão 5 vídeos no total, exibidos todas as quartas-feiras no canal do youtube “Emili Sousa”, homônimo da proponente. Acesse: https://www.youtube.com/emillisousa
Lançamento do álbum Mistérios da Natureza (Virtual)
Com músicas autorais, a mestra Francis Nunes lança o álbum “Mulheres da Natureza”. Ele estará disponível no canal do YouTube Baquemirim. Acesse clicando aqui.
Oficina de Choro com Mestre Geraldinho (Rio Branco; presencial)
Com apoio da Fundação de Cultura Elias Mansour (FEM), a Agência Caule inicia uma imersão digital com a “Caule Experience – Tendências Digitais 2022”, um conjunto de nove palestras e oficinas on-line e presenciais, com início às 19 horas desta quinta-feira, 28. Mais detalhes podem ser consultados através do instagram oficial da agência.
DIA 29 DE ABRIL
Sarau Sem Fronteiras (Rio Branco; presencial)
Festival de Dança em Cena Juruá (Cruzeiro do Sul; presencial)
Em 2021, o Governo do Acre, por meio da Divisão de Patrimônio Histórico e Cultural (DPHC), da Fundação de Cultura Elias Mansour (FEM), esteve no município de Porto Acre, distante 58 quilômetros da capital acreana, para promover o Projeto de Reconhecimento, Fortalecimento, e Valorização do Patrimônio Histórico e Cultural do Acre.
Após alguns meses da execução do Projeto, já se pode deslumbrar os efeitos junto aos munícipes.
Nesta semana, o vereador Leandro Bezerra, estimulado pelo Projeto, apresentou na Câmara Municipal de Porto Acre, um Anteprojeto de Lei, de sua autoria, que visa inserir na grade curricular da rede de ensino do município a disciplina que estude a história do patrimônio histórico e cultural de Porto Acre, materiais e imateriais.
O parlamentar destaca a importância do projeto do Governo para a criação do Anteprojeto.
Porto Acre, onde aconteceu a rendição das tropas bolivianas. Foto: Flickr
“A ideia é resgatar e fazer com que nossas crianças portoacrenses possam conhecer mais a fundo nossa história, e possam passar à frente. Sempre tive esse desejo de que nossa história tão linda e importante para nosso estado não se perdesse, após o encontro do projeto da FEM, aqui no município, e com as palestras e oficinas, essa chama acendeu dentro de mim”, revela o vereador.
O projeto encontra-se agora na Comissão de Legislatura e Justiça da Câmara Municipal de Porto Acre, e deve ser votado pelo Plenário da Câmara em breve.
“Dois Sóis” é um projeto idealizado pela multiartista Roberta Marisa, na área de arte, patrimônio e publicação. A proposta faz parte da segunda fase da Lei Aldir Blanc, realizada pelo Governo do Estado do Acre, por meio da Fundação de Cultura Elias Mansour (FEM).
Projeto “Dois Sóis”. Oficina de Construção Literária com a comunidade do Papoco. Roberta Marisa. Foto: Cedida por Drone Acre.
A iniciativa se trata de uma Oficina de Construção Literária com a comunidade do Papoco, que visa levar a poesia e a literatura para a periferia. Para a execução da ação, Roberta convidou alguns artistas que, assim como ela, integram o cenário da literatura do estado, dentre eles: A poetisa Francis Mary, mais conhecida como “Bruxinha”; o ator Ivan de Castela; e Alessandro Borges, o “Poeta da Baixada”.
Projeto “Dois Sóis”. Oficina de Construção Literária com a comunidade do Papoco. Roberta Marisa. Foto: Cedida por Drone Acre.
Para a realização da oficina foi necessário cerca de uma semana para que a comunidade se familiarizasse com os artistas. A metodologia utilizada pela artista foi a de arte-educação, buscando por meio disso acessebilizar os conteúdos para a todos os públicos, pois apesar de a proposta ser destinada a crianças e adolescentes, toda a comunidade foi comtemplada com ação.
As dinâmicas envolveram pintura e teatro para que os adolescentes se sentissem inseridos neste universo. A partir da colagem de letras e palavras eles construíram sua própria produção literária. “ Foi muito lindo ver uma criança lendo a imagem de uma palavra.”, explica Roberta.
Ao longo do processo de execução da proposta a escritora percebeu que ação envolvia vários processos, e alguns deles culminam no lançamento da revista “Dóis Sóis” e em um livro com o mesmo nome. A analogia por trás do nome das obras faz referência a realidade da comunidade do Papoco, que reside na parte central da cidade, e que para a autora não é vista como um lugar de se fazer arte.
“Quando eu escrevi eu pensei no papoco mesmo, porque eu sempre acompanho projetos culturais e eu sempre vejo em bairros conhecidos, mas eu nunca via no papoco, por ser visto como um bairro perigoso.”, diz a autora, e ela ainda complementa “Nada limita onde a arte pode chegar”.
Projeto “Dois Sóis”. Oficina de Construção Literária com a comunidade do Papoco. Roberta Marisa. Foto: Cedida por Drone Acre.
É o mesmo sol para todos? A autora questiona as dualidades sociais em seu livro, através de memórias, e na revista abre espaço para as produções e fotografias realizadas no bairro durante a oficina literária. A escritora acredita que fez algo novo pelo bairro ao incentivar a leitura e a escrita e destaca planos para o futuro “Quero incentivar outras cabecinhas pensantes para verem a literatura como um sonho possível.”, conta Roberta.
A revista e o livro “Dois Sóis” têm previsão de lançamento para o mês de abril.
Projeto “Dois Sóis”. Oficina de Construção Literária com a comunidade do Papoco. Roberta Marisa. Foto: Cedida por Drone Acre.
Projeto “Dois Sóis”. Oficina de Construção Literária com a comunidade do Papoco. Roberta Marisa. Foto: Cedida por Drone Acre.
Projeto “Dois Sóis”. Oficina de Construção Literária com a comunidade do Papoco. Roberta Marisa. Foto: Cedida por Drone Acre.
Projeto “Dois Sóis”. Oficina de Construção Literária com a comunidade do Papoco. Roberta Marisa. Foto: Cedida por Drone Acre.
Projeto “Dois Sóis”. Oficina de Construção Literária com a comunidade do Papoco. Roberta Marisa. Foto: Cedida por Drone Acre.
No próximo dia 19 de março (sábado) a cantora Gigliane Oliveira traz para o palco um show em homenagem à cantora Alcione, às 19 horas na Usina de Arte João Donato, com entrada gratuita. Na ocasião, ela receberá convidados especiais como a cantora Verônica Padrão e o Bloco 6 é D+.
O show faz parte do projeto “Uma Homenagem Marrom”, aprovado no edital de Apoio e Incentivo à Música N°004/2021, com recursos da Lei Emergencial Aldir Blanc, Por meio da Fundação de Cultura Elias Mansour (FEM), e visa levar ao público entretenimento, cultura, formação, ineditismo e exclusividade, já que “Marrom” tem uma carreira consolidada com mais de 40 anos embalada por grandes sucessos como; “A Loba”, “Faz uma loucura por mim”, “Não deixe o samba morrer”, “Meu ébano” e por aí vai.
Foi pensando na força que Alcione tem e no empoderamento que reflete à sociedade sempre valorizando suas raízes e fortalecendo as causas a qual acredita, que Gigliane quis dividir esse sonho com os acreanos.
“Desde muito jovem que eu canto nas igrejas e em 2015 comecei a me apresentar em alguns bares da cidade e as pessoas sempre me diziam que eu tinha uma voz forte e parecida com a da Alcione, também por eu gostar de cantar as músicas dela, então eu sempre tive esse sonho de fazer um show em homenagem a essa mulher e cantora sensacional que eu sou muito fã”, diz.
O show em Homenagem a “Marrom” é gratuito e acontece na Usina de Arte João Donato, no próximo dia 19 de março. Os portões estarão abertos a partir das 18h30, chamem os amigos e vamos nos divertir.
Para mais informações, pode chamar no Instagram @giglianeoliveira09.
Data: 19 de março de 2022
Local: Usina de Arte João Donato, ao lado da Maison Borges
Horário: 19h, mas o portão abrirá às 18h30 com venda de bebidas
Ficha técnica
Cantora: Gigliane Oliveira
Produção executiva: Nathânia Oliveira
Assistente de produção: Roberta Marisa
Participações especiais: atriz Mara Mattero, cantora Verônica Padrão, Bloco 6 É D+, e dançarinos Frank Costa e Clara Cristina.
O filme “Noites Alienígenas”, do diretor Sérgio de Carvalho, tem sua primeira exibição no Festival de Cinema de Gotenburgo (original Göteborg Film Festival) até o dia 6 de fevereiro, domingo. O longa-metragem é o primeiro filme de ficção da Saci Filmes e tem como protagonistas Gleici Damasceno, Chico Diaz e Gabriel Knoxx.
Na sinopse: Rio Branco, Acre, cidade amazônica nas proximidades da fronteira com Peru e Bolívia, vem sofrendo os impactos violentos das recentes mudanças das rotas de tráfico, que chegaram com violência na Amazônia brasileira. Neste cenário, as vidas de três jovens amigos de infância se entrelaçam e, por fim, encontram-se na tragédia comum.
Chico Diaz é Alê, um traficante que não se rende ao modelo de crime organizado que ganha espaço nas periferias de Rio Branco. Foto: Divulgação
O destino destes três jovens da periferia se encontra de maneira trágica e redentora. Neste sentido, o filme trata de uma Amazônia urbana, ainda pouco mostrada e conhecida, que na negação de sua identidade de floresta, acaba por revelar dramas identitários profundos em toda uma geração. Com toques de realismo mágico, Noites Alienígenas trata sobre resistência, ancestralidade e juventude, em um Brasil cada dia mais bélico e autoritário, que nega suas raízes formadoras: negra e indígena.
No centro do enredo encontram-se Rivelino (Knoxx), um jovem rapper e grafiteiro que deixa sua arte em forma de nave espacial pelos muros da cidade; Paulo (Adanilo), é um jovem indígena, dependente químico, que é assombrado pela ancestralidade do seu povo; e Sandra (Damasceno), uma jovem negra e empoderada, mãe do filho de Paulo, que tem no hip-hop um refúgio e espaço de resistência.
Na imagem, Rivelino (Knoxx) e sua mãe Beatriz (Joana Gatis). Foto: Divulgação
O Festival de Cinema de Gotenburgo é o principal evento de filmes da Escandinávia. Em sua 45ª edição, ele ocorre até o dia 6 de janeiro. Iniciou-se em 1979 e a cada ano, atrai mais de 160 mil visitantes. Em 2021, ocorreu de forma digital, atraindo 425 mil pessoas.
O longa é dirigido por Sérgio de Carvalho. Tem no currículo o documentário “Empate”, um dos filmes selecionados para a Mostra Competitiva Amazônia Legal, e a série de TV “Nokun Txai – Nossos Txais”, disponível para streaming na Amazon Prime. A produção é da Saci Filmes, em parceria com a Com Domínio Filmes.
O diretor tem planos de exibir o filme em terras acreanas; no entanto, devido ao aumento do número de infectados com o vírus SARS-CoV-2, essa vinda ainda está em planejamento.
ELENCO PRINCIPAL
Gabriel Knoxx como Rivelino
Adanilo como Paulo
Gleici Damasceno como Sandra
Chico Diaz como Alê
Joana Gatis como Beatriz
Chica Arara como Marta
Bimi Huni Kuin como Bimi
Duace como Mayko
Jefferson Xavier como James
Kika Sena como Kika
FICHA TÉCNICA
Diretor: Sérgio de Carvalho
Produção: Saci Filmes
Coprodução: Com Domínio Filmes
Produtores: Karla Martins, Pedro von Krüger e Sérgio de Carvalho
Roteiristas: Camilo Cavalcante, Rodolfo Minari e Sérgio de Carvalho
Produtora Executiva: Karla Martins
Diretor Assistente: Lorena Ortiz
Diretor de Fotografia e Câmera: Pedro von Krüger, ABC
Montador: André Sampaio
Diretor de Arte: Alonso Pafyeze
Preparador de Elenco: Germano Melo
Figurinistas: Mariana Braga, Maria Esther de Albuquerque
Som Diretor: Pedro Sá Earp
Desenhista, Editor e Mixador de Som: Bernardo Gebara
No dia 30 de janeiro de 1869, Angelo Agostini publicava a primeira história em quadrinhos nacional: “As Aventuras de Nhô-Quim ou Impressões de uma Viagem à Corte”. Como homenagem, ficou instituído que neste dia seria comemorado o Dia Nacional das Histórias em Quadrinhos, ou Dia do Quadrinho Nacional.
As HQs, que podem estar apresentadas em tirinhas ou revistinhas, são histórias contadas em formato gráfico, como um livro mais visual. As histórias de super-heróis, com seus poderes e suas identidades secretas, ajudaram a tornar popular essa forma de arte. E ela abrange todas as tribos inimagináveis: crianças, adultos, romancistas, nerds, fãs de histórias noir, contos policiais, etc.
As Aventuras de Nhô Quim ou Impressões de Uma Viagem à Corte. Foto: Wikimedia Commons/Revista Galileu
Atualmente a Biblioteca Pública Estadual Adonay Barbosa dos Santos, um dos espaços administrados pela Fundação de Cultura Elias Mansour, conta com um espaço totalmente dedicado à leitura e apreciação de HQs. Seu acervo inclui as famosas revistinhas do Tex, Marvel, DC Comics, diversos mangás, graphic novels e até os tão queridos quadrinhos da Turma da Mônica.
Atualmente, por motivo da pandemia do Coronavírus, a Biblioteca Pública Estadual Adonay Barbosa está fechada para o público. Fique de olho em nossas redes sociais no Instagram (@fundacaoeliasmansour) e Facebook (/fem.acre) para ser informado da reabertura do local.
O Espaço HQ é completo e recheado de histórias para todos os gostos. Foto: Hannah Lydia
O governo do Estado do Acre, através da Fundação de Cultura Elias Mansour (FEM), realizou e idealizou uma pesquisa a respeito da complementação histórica da região produtora do açaí mais notável do estado, Feijó.
Foto: placa “açaí do bom melhor açaí de Feijó”, município de Feijó. Irineida Nobre. Dossiê de Complementação Histórica Sobre o Açaí de Feijó.
O estudo foi realizado por meio de uma parceria firmada entre SEBRAE – AC; FEM, através da DPHC – Divisão de Patrimônio Histórico e Cultural; e pelo NEPHI – Núcleo de Estudos e Pesquisas do Patrimônio Histórico Imaterial, como parte do projeto AC IG – Indicações Geográficas.
A pesquisa aconteceu durante todo o ano de 2021. O Sebrae convidou a representante da FEM na área de Patrimônio Histórico, Irineida Nobre, historiadora, gestora de políticas públicas, para fazer a contextualização histórica do açaí de Feijó.
O projeto objetivou registrar a complementação histórica do Dossiê de Notoriedade da região produtora do açaí de Feijó, através de um material audiovisual e escrito elaborado por meio de pesquisa bibliográfica, entrevistas de campo, reuniões com lideranças locais, produtores, agricultores e associações.
A RELAÇÃO ENTRE O MUNICÍPIO E O AÇAÍ
O açaí produzido em Feijó é considerado por muitos críticos como o melhor do Brasil devido a sua espessura mais grossa e sabor mais doce. O município de Feijó fica localizado na região central do estado do Acre.
Em Feijó, o açaí transpassa as fronteiras da ingestão como alimento e percorre todo esse caminho de conectar as pessoas com uma identidade forte e geograficamente muito bem delimitada: “O açaí de Feijó”, expressão que pode ser ouvida com muita facilidade em todo território acreano.
Foto: Casa de cor roxa fazendo alusão ao açaí de Feijó. Irineida Nobre. Dossiê de Complementação Histórica Sobre o Açaí de Feijó.
A identidade visual da cidade é algo que chama a atenção em Feijó, pois a cor roxa é muito presente na pintura de muitas casas, fachadas de instituições de ensino, espaços recreativos e até na pintura dos veículos de táxi local. O preço da tinta roxa também é diferente, o que demonstra que a cidade reconhece o fruto como símbolo.
SOBRE O FRUTO
O Açaí é uma espécie nativa das várzeas da região amazônica, especificamente da Venezuela, Colômbia, Equador, Guianas, e Brasil: nos estados do Acre, Amazonas, Amapá, Pará, Maranhão e Tocantins. Deste fruto pode ser extraída a polpa, que pode ser utilizada para a produção de vinho, além de servir como acompanhamento de iguarias em outros pratos.
Na Amazônia, o açaí é consumido tradicionalmente junto com farinha, e há quem prefira fazer um pirão com farinha e comer junto com peixe assado ou camarão, ou consumir o vinho com açúcar.
O açaí possui ainda significativas quantidades de antocianina, nutriente responsável pela sua coloração roxa. Essa substância evita a degeneração celular, e subtrai o aparecimento de problemas cardiovasculares.
NOTORIEDADE DO PRODUTO
Os açaizeiros de Feijó são nativos, os chamados “açaí solteiro”, distribuídos por todo o território de forma impressionante e exuberante. São tantos “pés de açaí” que a impressão é de que para qualquer lugar, ou de qualquer janela que se olhe, lá tem um “pé de açaí” olhando de volta, relata a historiadora Irineida. O açaí possui grande importância cultural e social nas regiões, onde existem cooperativas, as quais produtores e trabalhadores do ramo buscam aumentar o escoamento da produção e a qualidade de seus produtos, aumentando assim o preço de venda.
Foto: Colheita do açaí no município de Feijó. Irineida Nobre. Dossiê de Complementação Histórica Sobre o Açaí de Feijó.
Foto: Colheita do açaí no município de Feijó. Irineida Nobre. Dossiê de Complementação Histórica Sobre o Açaí de Feijó.
O FESTIVAL DO AÇAÍ DE FEIJÓ
Foto: Festival do Açaí. Irineida Nobre. Dossiê de Complementação Histórica Sobre o Açaí de Feijó.
Quando foi criado, o festival consistia em ser uma troca de experiências entre produtores e de produtos derivados do açaí, sem fins comerciais. No entanto, com o passar do tempo, a celebração ganhou notoriedade e ainda passa por mudanças até os dias atuais.
É comum ouvir relatos de famílias, amigos e curiosos que se organizam em grupos e se deslocam de Rio Branco (capital acreana) e de outros municípios para prestigiar o Festival do Açaí de Feijó. A quantidade de público também impressiona. No ano de 2021, foi a primeira vez que o festival aconteceu de forma remota, mas mesmo assim houve grande participação de público.
Este festival mobiliza o estado inteiro. Além de poderem saborear o melhor açaí do Brasil, os festeiros podem curtir shows de celebridades locais e nacionais, o que faz com que o festival tenha muito crédito com a população acreana.
A PRODUÇÃO
As pesquisas sobre o fruto mostraram que o gosto do açaí muda de região para região; seu modo de ser feito; seu rendimento e sua intensidade. Feijó, no entanto, carrega isso em essência pela quantidade de palmeiras exorbitantes que possui, pelas famílias que vivem da produção do açaí e, principalmente, pelo fato do fruto ser o símbolo da cidade.
Foto: Açaí cremoso. Irineida Nobre. Dossiê de Complementação Histórica Sobre o Açaí de Feijó.
Para o presidente da COPERAÇAÍ, José Giovanni Nascimento, registrar a produção que ocorre é de suma importância para a valorização do trabalho. “A IG do açaí é importante em três grandes pilares: o primeiro é não perder a identidade; o outro é a parte econômica e a competitividade do produto e sua valorização de mercado; o terceiro é a sustentabilidade e manter a “mata em pé”, porque mais de 99% hoje da nossa produção é natural e nativa. Nós precisamos dessa “mata em pé”, então existem três pilares no Dossiê de Notoriedade da região produtora do açaí de Feijó que pode estimular e fortalecer aspectos da história e da cultura”, explica.
A pesquisadora e historiadora responsável por esse dossiê histórico do açaí, Irineida Nobre, não só indica a qualidade da produção e do fruto, mas também o festival de Feijó que possui importantes aspectos sociais, culturais e turísticos.
“Eu indico, para possível registro e salvaguarda, via decreto estadual e municipal, o festival do açaí de Feijó pelas diversas características apontadas na pesquisa, que levam esse evento de décadas de existência a um patamar de patrimônio histórico-cultural imaterial do Acre.”, explica.
Foto: Entrevista com José Bruno. Irineida Nobre. Dossiê de Complementação Histórica Sobre o Açaí de Feijó.
Foto: Entrevista com José Bruno. Irineida Nobre. Dossiê de Complementação Histórica Sobre o Açaí de Feijó.
Foto: Entrevista com José Bruno. Irineida Nobre. Dossiê de Complementação Histórica Sobre o Açaí de Feijó.
Foto: Entrevista com José Bruno. Irineida Nobre. Dossiê de Complementação Histórica Sobre o Açaí de Feijó.
Foto: Entrevista com José Bruno. Irineida Nobre. Dossiê de Complementação Histórica Sobre o Açaí de Feijó.
A tradicional festa de São Sebastião de Xapuri completa 120 anos. O evento religioso é considerado um dos maiores nesta parte da região norte pela maneira como movimenta a conhecida terra de Chico Mendes. Em todos os seus anos de existência, a única vez que o evento não pôde ser realizado foi em 2020, devido a pandemia da COVID-19.
História
Segundo fontes históricas, as origens da festa remontam às vésperas da Revolução Acreana, quando um grupo de católicos percorreu as ruas do pequeno vilarejo de Mariscal Sucre, no dia 20 de janeiro de 1902, rogando paz e proteção diante da iminência do movimento armado, que eclodiu no dia 6 de agosto daquele mesmo ano, e se tornou o maior referencial religioso-cultural da cidade.
Geralmente, neste período de início de ano, religiosos, seringueiros, comerciantes, ribeirinhos, funcionários públicos, políticos e filhos da terra que há tempos vivem em outros lugares do país, marcam um encontro com suas raízes e se reúnem. Desde o início de sua criação até os dias atuais, este evento representa um grande momento do ano para o povo xapuriense.
Quem foi São Sebastião?
São Sebastião defendeu a igreja como soldado, capitão e também como apóstolo dos confessores, daqueles que estavam presos. Também foi apóstolo dos mártires, os que confessavam a Jesus em todas as situações, renunciando à própria vida. O santo protetor contra as guerras e pestes também é patrono de outras cidades, como Epitaciolândia e Jordão.
Curiosidade
Você sabe o que um “marreteiro”? São ambulantes de todas as partes do estado e do país que dirigem-se até Xapuri pela Fé, mas principalmente pela oportunidade de vendas, já que anualmente milhares de pessoas costumam visitar a cidade nesta época. Essa característica comercial torna a comemoração um bem cultural importante para a história da cidade e de todo o Acre.
ATENÇÃO!
O governador do Acre, Gladson Cameli, declarou situação de emergência por conta da superlotação das unidades estaduais de saúde, causada pelo surto de síndrome gripal e síndrome respiratória aguda grave. Por este motivo, ao participar do evento, use máscara e mantenha a distância de um metro e meio, e não esqueça de levar o álcool em gel.