Institucional

FEM com a gente: Governo trabalhou para garantir fortalecimento de políticas culturais em 2021

Em 2021, o Governo do Estado do Acre, através da Fundação de Cultura Elias Mansour (FEM) não mediu esforços para o bom funcionamento das políticas culturais em todo o território acreano.

Entre capacitações, assistência e ações de caráter emergencial, presenciais e virtuais, o Departamento de Políticas Culturais (DPC), atuou ativamente com as secretarias, coordenações e diretorias de cultura dos 22 municípios para garantir que os gestores e trabalhadores da cultura estivessem em plenas condições para a execução dos recursos de sobra da Lei Aldir Blanc (LAB), recurso este de caráter emergencial e de grande importância para a promoção, difusão e valorização do setor cultural neste período de pandemia.

Capacitação com os gestores municipais de cultura sobre a utilização dos recursos da Lei Aldir Blanc. Foto: Lucas Alves/ Assessoria de Imprensa e Publicação.

Além da assistência, no que tange a LAB, o DPC desenvolveu trabalhos para o fortalecimento do Sistema Estadual de Cultura (SEC), auxiliando as prefeituras na formação e reestruturação de suas leis do Sistema Municipal de Cultura (SMC). O SEC e SMC são ferramentas importantes para a implementação de políticas públicas para o setor cultural, e fazem parte de um sistema maior, o Sistema Nacional de Cultura, e têm como finalidade a garantia de acesso e democratização do setor cultural no local em que for implementada, além de apoiar o trabalhador cultural com base em planos elaborados com o auxílio de escutas públicas, através de Conselhos, Conferências e Fóruns de cultura.

Logo no final do ano, nos dias 14 e 15 de dezembro de 2021, foi realizada a eleição para Comissão Intergestora Bipartite (CIB). Instituída no Art.10 da lei nº2.312/2010, legislação que cria o Sistema Estadual de Cultura do Acre, a CIB tem por finalidade aproximar as gestões municipais de cultura com as políticas do Estado para o setor cultural. A nova formação da CIB conta com Aldemir Maciel, secretário de Cruzeiro do Sul, como presidente; Diego de Negreiros, chefe do Departamento de Políticas Culturais da FEM, como vice-presidente; e Enage Peres, secretária de Epitaciolândia, como secretária-geral da comissão.

Gestores municipais de cultura nas eleições da CIB. Foto: Cedida.

Outra medida importante, que está sendo estudada, é a abertura de convênio entre a FEM e os municípios para a aquisição de equipamentos de trabalho, a fim de que com este auxílio os gestores possam prosseguir com o processo de implementação do Sistema Municipal de Cultura, e assim continuar fortalecendo as políticas públicas da cultura no interior do Acre.

Fundação Elias Mansour inicia série de posts referentes às atividades realizadas em 2021

O ano de 2021 foi significativo para a Fundação de Cultura Elias Mansour (FEM). Em uma série de posts especiais, buscaremos contextualizar ações que ocorreram de janeiro a dezembro do ano passado.

Vamos começar explicando o que é a FEM.

A Fundação de Cultura Elias Mansour é uma entidade cultural sem fins lucrativos, criada pela Lei Complementar Estadual nº 61/1999. É o órgão gestor da política cultural do Estado do Acre, cujo objetivo é promover a cultura em seu sentido amplo e pleno.

Desde sua criação, é a principal incentivadora e fomentadora das ações culturais do Estado, cuja missão é fortalecer as identidades do povo acreano e assegurar o acesso aos bens culturais.

Dentre os direitos da FEM estão a formulação e a execução da Política Estadual de Cultura, que abrange áreas como patrimônio histórico e cultural, livro, leitura e literatura, artes, fomento a projetos culturais comunitários e diversidade sociocultural e ambiental.

A FEM tem como objetivo promover a cultura em seu sentido amplo e pleno. Foto: Carol Lamar/Assessoria de Imprensa e Publicação-FEM

O Estado do Acre, atualmente, investe na manutenção de 36 espaços públicos culturais que são administrados diretamente pela FEM. Em 2021, foram concretizadas a reestruturação do Conselho Estadual de Cultura, a eleição da Comissão Intergestores Bipartite (CIB) para o biênio 2022/2023 e a retomada do Conselho Estadual de Patrimônio Histórico e Cultural com duas reuniões ordinárias.

O governo do Estado do Acre, na figura do governador Gladson Cameli, busca garantir os direitos ligados à cidadania, democracia, saúde, educação, cultura, lazer e etc., como foi disposto no Plano Plurianual (PPA) do quadriênio 2020-2023.

De acordo com a publicação de 30 de dezembro de 2019 no Diário Oficial do Estado do Acre, o PPA é o instrumento de planejamento governamental que define diretrizes, programas, ações, objetivos, metas e indicadores com o propósito de viabilizar a implementação e a gestão das políticas públicas.

A posse do governador Gladson Cameli se deu em 2019. Foto: Evandro Derze/Secom

Esse Plano apresenta a adição de programas, projetos e iniciativas que firmam metas voltadas ao desenvolvimento socioeconômico do povo acreano. Dentro desses programas está o Eixo Cidadania e Segurança, que envolve as áreas de educação, saúde, assistência social, cultura e segurança pública.

Dentro do Eixo, compõem-se 9 programas diferentes para executar projetos e iniciativas. O programa temático que cabe à FEM, está o Programa Temático Cultura Presente e Participativa, composto por 6 subprogramas que garantem que as políticas públicas culturais sejam efetivas.

São elas: Fomento à Pesquisa, a Proteção e a Preservação do Patrimônio Histórico e Cultural do Estado Acre, Fortalecimento do Sistema Estadual de Cultura do Acre – SISCULT, Modernização dos espaços culturais; Projeto Acriativo: fortalecimento dos profissionais e empreendedores criativos no campo da cultura; Projeto Conecta Cultura: desenvolvimento de atividades voltadas à produção, formação, promoção, preservação, valorização, difusão e intercâmbio nas áreas de arte, patrimônio cultural e socioambiental, livro e leitura; e Promoção de Cultura e movimentação da economia criativa e cultural do Estado no contexto de estado de emergência e enfrentamento ao COVID-19.

Nos próximos conteúdos, textos e cards, iremos explorar cada uma das ações e atividades realizadas pelos diferentes setores da Fundação de Cultura Elias Mansour no ano de 2021.

AÇAÍ DE FEIJÓ: DOSSIÊ HISTÓRICO E CULTURAL DO ESTADO

“O açaí é a uva das bandas de cá” 

O governo do Estado do Acre, através da Fundação de Cultura Elias Mansour (FEM), realizou e idealizou uma pesquisa a respeito da complementação histórica da região produtora do açaí mais notável do estado, Feijó. 

Foto: placa “açaí do bom melhor açaí de Feijó”, município de Feijó. Irineida Nobre. Dossiê de Complementação Histórica Sobre o Açaí de Feijó.

O estudo foi realizado por meio de uma parceria firmada entre SEBRAE – AC; FEM, através da DPHC – Divisão de Patrimônio Histórico e Cultural; e pelo NEPHI – Núcleo de Estudos e Pesquisas do Patrimônio Histórico Imaterial, como parte do projeto AC IG – Indicações Geográficas. 

A pesquisa aconteceu durante todo o ano de 2021. O Sebrae convidou a representante da FEM na área de Patrimônio Histórico, Irineida Nobre, historiadora, gestora de políticas públicas, para fazer a contextualização histórica do açaí de Feijó.  

O projeto objetivou registrar a complementação histórica do Dossiê de Notoriedade da região produtora do açaí de Feijó, através de um material audiovisual e escrito elaborado por meio de pesquisa bibliográfica, entrevistas de campo, reuniões com lideranças locais, produtores, agricultores e associações.

A RELAÇÃO ENTRE O MUNICÍPIO E O AÇAÍ

O açaí produzido em Feijó é considerado por muitos críticos como o melhor do Brasil devido a sua espessura mais grossa e sabor mais doce. O município de Feijó fica localizado na região central do estado do Acre.

Em Feijó, o açaí transpassa as fronteiras da ingestão como alimento e percorre todo esse caminho de conectar as pessoas com uma identidade forte e geograficamente muito bem delimitada: “O açaí de Feijó”, expressão que pode ser ouvida com muita facilidade em todo território acreano.

 

Foto: Casa de cor roxa fazendo alusão ao açaí de Feijó. Irineida Nobre. Dossiê de Complementação Histórica Sobre o Açaí de Feijó.

A identidade visual da cidade é algo que chama a atenção em Feijó, pois a cor roxa é muito presente na pintura de muitas casas, fachadas de instituições de ensino, espaços recreativos e até na pintura dos veículos de táxi local. O preço da tinta roxa também é diferente, o que demonstra que a cidade reconhece o fruto como símbolo.

SOBRE O FRUTO

O Açaí é uma espécie nativa das várzeas da região amazônica, especificamente da Venezuela, Colômbia, Equador, Guianas, e Brasil: nos estados do Acre, Amazonas, Amapá, Pará, Maranhão e Tocantins. Deste fruto pode ser extraída a polpa, que pode ser utilizada para a produção de vinho, além de servir como acompanhamento de iguarias em outros pratos.

Na Amazônia, o açaí é consumido tradicionalmente junto com farinha, e há quem prefira fazer um pirão com farinha e comer junto com peixe assado ou camarão, ou consumir o vinho com açúcar.

O açaí possui ainda significativas quantidades de antocianina, nutriente responsável pela sua coloração roxa. Essa substância evita a degeneração celular, e subtrai o aparecimento de problemas cardiovasculares.

NOTORIEDADE DO PRODUTO

Os açaizeiros de Feijó são nativos, os chamados “açaí solteiro”, distribuídos por todo o território de forma impressionante e exuberante. São tantos “pés de açaí” que a impressão é de que para qualquer lugar, ou de qualquer janela que se olhe, lá tem um “pé de açaí” olhando de volta, relata a historiadora Irineida. O açaí possui grande importância cultural e social nas regiões, onde existem cooperativas, as quais produtores e trabalhadores do ramo buscam aumentar o escoamento da produção e a qualidade de seus produtos, aumentando assim o preço de venda.

O FESTIVAL DO AÇAÍ DE FEIJÓ

Foto: Festival do Açaí. Irineida Nobre. Dossiê de Complementação Histórica Sobre o Açaí de Feijó.

Quando foi criado, o festival consistia em ser uma troca de experiências entre produtores e de produtos derivados do açaí, sem fins comerciais. No entanto, com o passar do tempo, a celebração ganhou notoriedade e ainda passa por mudanças até os dias atuais. 

É comum ouvir relatos de famílias, amigos e curiosos que se organizam em grupos e se deslocam de Rio Branco (capital acreana) e de outros municípios para prestigiar o Festival do Açaí de Feijó. A quantidade de público também impressiona. No ano de 2021, foi a primeira vez que o festival aconteceu de forma remota, mas mesmo assim houve grande participação de público.

Este festival mobiliza o estado inteiro. Além de poderem saborear o melhor açaí do Brasil, os festeiros podem curtir shows de celebridades locais e nacionais, o que faz com que o festival tenha muito crédito com a população acreana.

A PRODUÇÃO

As pesquisas sobre o fruto mostraram que o gosto do açaí muda de região para região; seu modo de ser feito; seu rendimento e sua intensidade. Feijó, no entanto, carrega isso em essência pela quantidade de palmeiras exorbitantes que possui, pelas famílias que vivem da produção do açaí e, principalmente, pelo fato do fruto ser o símbolo da cidade.

Foto: Açaí cremoso. Irineida Nobre. Dossiê de Complementação Histórica Sobre o Açaí de Feijó.

Para o presidente da COPERAÇAÍ, José Giovanni Nascimento, registrar a produção que ocorre é de suma importância para a valorização do trabalho. “A IG do açaí é importante em três grandes pilares: o primeiro é não perder a identidade; o outro é a parte econômica e a competitividade do produto e sua valorização de mercado; o terceiro é a sustentabilidade e manter a “mata em pé”, porque mais de 99% hoje da nossa produção é natural e nativa. Nós precisamos dessa “mata em pé”, então existem três pilares no Dossiê de Notoriedade da região produtora do açaí de Feijó que pode estimular e fortalecer aspectos da história e da cultura”, explica.

A pesquisadora e historiadora responsável por esse dossiê histórico do açaí, Irineida Nobre, não só indica a qualidade da produção e do fruto, mas também o festival de Feijó que possui importantes aspectos sociais, culturais e turísticos.

“Eu indico, para possível registro e salvaguarda, via decreto estadual e municipal, o festival do açaí de Feijó pelas diversas características apontadas na pesquisa, que levam esse evento de décadas de existência a um patamar de patrimônio histórico-cultural imaterial do Acre.”, explica.

ACESSE O DOSSIÊhttps://bit.ly/A%C3%A7a%C3%AD-de-Feij%C3%B3

FEM realiza capacitação de servidores

O Governo do Estado do Acre, através da Fundação de Cultura Elias Mansour (FEM), realizou o curso de “Desenvolvimento de Competências Gerenciais e Liderança”, nos dias 14, 15 e 16 de dezembro, na Biblioteca Pública Adonay Barbosa.

Foram 12 horas de aula, do dia 14 ao 16, das 8h às 12h, tendo os funcionários da FEM como público-alvo. O objetivo é melhorar a atuação  como líder e educador, trabalhando competências e habilidades importantes para um serviço de qualidade.

O curso buscou trabalhar dinâmicas de grupo para elaborar visões de grupo que podem corroborar com o comportamento organizacional. À isto, estão atrelados o comportamento e relacionamento interpessoal.

Foto: Curso de Desenvolvimento de Competências Gerenciais e Liderança. Cedida.

Para Catarina Valente, ministrante do curso e servidora da FEM, a formação é importante para o crescimento da instituição por fortalecer laços.

“ A fundação tem muito a ganhar investindo na capacitação de seus funcionários, pois é isso que irá garantir a qualidade necessária para atender todos os segmentos da cultura.”

Catarina Valente

Governo do Acre promove encontro com gestores municipais de cultura e elege nova diretoria da CIB

O Governo do Estado e a Fundação Cultural Elias Mansour (FEM) realizaram um encontro com os gestores municipais de cultura, que teve início na terça-feira, 14, e se encerrou nesta quarta-feira, 15, em Rio Branco. O evento aconteceu no Theatro Hélio Melo, no centro da capital, e contou com a presença de 18 secretários, dos 22 municípios acreanos.

O objetivo do encontro era escolher a nova diretoria da Comissão Intergestores Bipartite (CIB), para o biênio 2022/2023.

Após vários debates voltados para o fortalecimento, e metas para a cultural e para os fazedores de cultura do Acre, os gestores, por aclamação, decidiram pelo nome do secretário municipal de cultura de Cruzeiro do Sul, Aldemir Maciel, como presidente da Comissão.

A mesa diretora é composta ainda pelo chefe do Departamento de Políticas Culturais da FEM, Diego de Negreiros, como vice-presidente, e pela secretária municipal de cultura de Epitaciolândia, Enage Peres, que assumirá a função de secretária-geral da CIB.

O presidente da Fundação de Cultura Elias Mansour, Manoel Pedro Gomes, destacou, durante sua fala, os avanços e desafios enfrentados pelos gestores, durante a pandemia.

“Tivemos mais de 1 ano e meio roubados, tivemos que ficar em casa, e isso foi prejudicial a todos, mas mais ainda para os fazedores de cultura em todo o Acre. E nós como gestores pudemos acompanhar esse momento tão delicado para eles. Tivemos muitos avanços e desafios vencidos neste período. A Lei Aldir Blanc nos possibilitou a dar uma nova chance a esses artistas e, com muita responsabilidade e transparência, capitaneamos o recurso de mais de 14 milhões de reais para todo o estado, e assim, os fazedores de cultura puderam respirar mais aliviados. E cada gestor em seus municípios dentro de suas limitações contribuíram para que esse setor tão especial que é a cultura não fosse tão penalizada”, destaca o presidente.

Em sua fala, após aclamação para exercer a presidência da Comissão, Aldemir Maciel destacou os desafios e metas que a Comissão buscará alcançar junto aos gestores em seus municípios.

“É muito grande o desafio de estar à frente da CIB, e vamos juntos trabalhar para implantar nos 22 municípios do Acre a lei do sistema de cultura. Temos dois grandes aportes financeiros para o incentivo à cultura em 2022, que é a lei Paulo Gustavo e Lei Aldir Blanc II que, para podermos acessar e executar, os municípios terão que já terem aprovado a Lei que institui o sistema municipal de cultura, esse é um dos vários desafios a serem alcançados pela CIB”, pontuou ele.

No final do encontro, o chefe do departamento de políticas culturais da FEM, Diego de Negreiros, destacou a importância do evento para a cultura local.

“Esse momento é primordial, pois aqui podemos trocar experiências, angústias e abrir nossa visão em relação ao que podemos fazer como Estado para ajudar no fomento à cultura e seus fazedores, após as escutas de cada fala de cada gestor. Queremos que esse vínculo seja constante entre o Estado e os gestores municipais, pois são eles quem estão na ponta, acompanhando e conhecendo a realidade e peculiaridade de cada cidade e de cada fazedor de cultura”, frisa Diego.

Projeto da Divisão de Patrimônio Histórico e Cultural da FEM chega a Porto Acre

O município de Porto Acre recebeu nos dias 22 e 23 de novembro, o projeto da Divisão de Patrimônio Histórico e Cultural (DPHC) da Fundação de Cultura Elias Mansour (FEM) que visa realizar uma articulação institucional para o fortalecimento, reconhecimento e valorização do patrimônio histórico e cultural nos municípios acreanos.

O evento ocorreu no auditório da Câmara Municipal dos vereadores, Palácio José de Souza Medeiros, e contou com a presença de gestores municipais das pastas de Cultura, Educação, Gabinete do prefeito, Assistência Social, Câmara dos Vereadores, Saúde e pesquisadores da área de patrimônio cultural. A programação do projeto previu, no decorrer de 16 horas de capacitação, a realização de três oficinas e uma visita de campo. 

Foto: Hannah Lydia

Foi apresentado para validação dos presentes, os 47 bens culturais identificados e catalogados durante a realização do Inventário Nacional de Referências Culturais no município de Porto Acre do Instituto de Patrimônio Histórico Artístico Nacional (IPHAN), ação realizada em parceria com a FEM nos anos de 2009 e 2010. 

Na segunda oficina, a servidora Aurinete Malveira explanou sobre a importância da educação patrimonial para o fortalecimento da cultura local e organização do roteiro do corredor cultural que os gestores escolheram para a pesquisa de campo. 

Iniciando a vistoria técnica, as servidoras da FEM junto aos gestores municipais e pesquisadores visitaram 11 (onze) bens culturais, são eles: Obelisco da Revolução Acreana, trincheiras; Árvores mangueiras (tombadas por decreto municipal); vestígios da mesa de renda de Luís Galvez; fontes de águas naturais; Sala Memória de Porto Acre; residência do primeiro prefeito, João Asfury; escola Venceslau Salinas e Igreja Nossa Senhora de Nazaré.

Na última parte do projeto, a servidora Hannah Lydia realizou a oficina de jornalismo cultural com os participantes, falando sobre a importância das mídias sociais e da divulgação das atividades artístico-culturais dos trabalhadores e trabalhadoras da cultura portoacrense. Além de uma aula prática sobre criação de releases, onde os mesmos desenvolveram ideias para o futuro sobre a instalação de uma Praça da Revolução e restauro dos bens históricos para potencializar o turismo na região.

Ao final dos dois dias de atividades, os participantes realizaram uma avaliação positiva sobre o projeto e pactuaram organizar um grupo de trabalho para iniciar os estudos para a implementação da legislação municipal de patrimônio histórico e cultural. 

Segundo a Diretora de Cultura, Josielma Oraquis: “O projeto foi extremamente importante para os gestores, a metodologia utilizada foi clara e fez todos participarem ativamente. Desejo que tenha mais parcerias e que a FEM retome a parceria na área de patrimônio histórico de Porto Acre”. Para a coordenadora do projeto, Elane Cristine: “A realização do projeto foi impactante. Após a visita de campo com os participantes percebeu-se que a localidade possui diversos bens que fazem parte da contextualização histórica da formação administrativa do município e que podem ser potencializados cultural e turisticamente”.

No dia 24 de novembro, a equipe técnica do FEM visitou ainda o Seringal Bom Destino, distante 1h40min de Porto Acre, para a realização do parecer técnico arquitetônico do bem imóvel, uma vez que o mesmo é o primeiro bem tombado pelo Conselho Estadual de Patrimônio Histórico e Cultural e, seguindo a legislação estadual, precisa de fiscalização anual sobre sua situação.w

Fem lança playlist exclusiva com artistas acreanos

Se o que faltava na sua playlist era um som regional, a espera acabou! O governo do estado do Acre, através da Fundação de Cultura Elias Mansour (FEM) lança perfil no spotify com a playlist “Acreano do pé rachado”. A seleção é o primeiro compilado musical da plataforma que contém apenas artistas acreanos. Na segunda fase da lei Aldir Blanc, a FEM destinou o valor total de R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais) através do edital de Incentivo e Apoio à Música, que contemplará 220 propostas do segmento .

Artistas que fazem parte da playlist “Acreano do pé rachado”.

O objetivo da FEM em ter um perfil na plataforma é de aproximar as pessoas da cultura local, através da música regional que conta vivências do povo acreano e a história do estado como um todo.

A iniciativa conta com vários gêneros e estilos musicais, evidenciando assim, a diversidade que é muito presente na área. Dentre os artistas e bandas, estão: Os Descordantes, Los Porangas, Maya Dourado, Rodolfo Minari, Moças do Samba, Jair Leandre e muito mais.

Ainda não segue a FEM no spotify? Acompanhe as novidades e os novos artistas. Aumente o som e ouça agora!

https://open.spotify.com/playlist/7GBQ3oJ31qa7N6YnG4kRQY?si=31caa18f974247f2
Playlist “Acreano do pé rachado”, uma iniciativa da Fundação de Cultura Elias Mansour.

 

Divisão de Patrimônio Histórico e Cultural da FEM inicia ações nos municípios

O projeto de Articulação Institucional para Fortalecimento, Reconhecimento e Valorização do Patrimônio Histórico e Cultural do Acre realizado pelo Governo do Estado do Acre, através da Divisão de Patrimônio Histórico e Cultural (DPHC) da Fundação de Cultura Elias Mansour (FEM),  iniciou suas ações no município de Senador Guiomard na Escola Estadual de ensino médio cívico-militar Professor Aldaci Simões da Costa. O contato com o primeiro município desta nova fase do projeto elencou 31 bens culturais entre os patrimônios imateriais e materiais que eles reconhecem como traços identitários da cultura do lugar.

Fotos: Hannah Lydia, DPHC, FEM

Estiveram presentes, os gestores municipais das pastas da Fundação Municipal de Cultura Adilá Gonçalves Vieira (FUNCAV), administração, educação, comunicação, meio ambiente e gestão. Na primeira parte do projeto, foi realizada a articulação institucional com os gestores, realizando a apresentação do projeto e as legislações que protegem e preservam o patrimônio cultural. 

O primeiro dia foi marcado pela construção coletiva do corredor cultural. Já no segundo dia, os representantes da prefeitura receberam a equipe da FEM para uma visita de campo aos bens culturais que foram apontados pelo grupo para análise técnica sobre as sugestões que cada um necessita para ser protegido e preservado. No total, a equipe visitou 6 bens, são eles: Igarapé Judia, Seringueira do Miltão, Cemitério Municipal, Castanheira da Hora, Seringal e Nascente do Igarapé Judia. Após a visita técnica, o grupo se reuniu novamente para a última oficina com a servidora Hannah Lydia que tratou sobre a importância do jornalismo cultural para potencializar o patrimônio histórico. Os participantes aprenderam a criar release e lead, bases jornalísticas importantes para qualquer comunicador.

Fotos: Hannah Lydia, DPHC, FEM

Além da oficina de mídias, a servidora Aurinete Malveira aplicou a oficina de educação patrimonial para o fortalecimento da cultura, utilizando a contextualização histórica da formação do povo, desde os povos originários, à vinda dos nordestinos, imigração japonesa e sulistas.

Para o presidente da FUNCAV, Eudiran Carneiro, as oficinas são de extrema importância para o desenvolvimento cultural da região.


“Quanto à minha concepção acerca do Projeto, foi de suma importância, uma vez que a partir de agora com os conhecimentos adquiridos podemos, através da Fundação Municipal de Cultura, criar a lei de implementação e proteção do Patrimônio Cultural para que de fato possamos proteger esse patrimônio, bem como explorar os potenciais que temos.” Eudiran Carneiro
Fotos: Hannah Lydia, DPHC, FEM

O projeto é uma continuação das ações que iniciaram em julho deste ano e visam fortalecer, reconhecer e valorizar o patrimônio histórico e cultural junto aos municípios do estado do Acre, à exceção de Rio Branco, sendo que este já possui políticas voltadas para a área.

Inscrições para a comenda de mérito cultural se encerram nesta terça

Ei, você! artista e fazedor de cultura. A Comenda da Ordem de Mérito Cultural encerra suas inscrições amanhã, 9. O reconhecimento trata-se de uma homenagem que o Conselho de Cultura (CONCULTURA) presta, junto à Fundação de Cultura Elias Mansour (FEM), às pessoas que executaram ações de destaque na cultura acreana.

Fonte: Assessoria de Imprensa da Fundação de Cultura Elias Mansour

Serão contempladas duas indicações: uma em memória e outra em homenagem a duas pessoas com forte atuação no atual cenário cultural do Acre. As pessoas envolvidas em movimentos sociais, coletivos, grupos etc. podem indicar alguém. Os nomes serão escolhidos de maneira detalhada pelo CONCULTURA. Neste ano, a edição contemplará o biênio de 2020/2021, entretanto os nomes de 2020 já foram escolhidos.

As indicações devem ser enviadas por e-mail, acompanhadas do currículo artístico da pessoa indicada. A entrega tem previsão pra ocorrer no dia 10 de dezembro do corrente ano.

E-mail para a inscrição: concultura.acre@gmail.com

Reabertura do Teatro Barracão é marcado por atividades voltadas a idosos

O Teatro Barracão Matias, localizado na regional Sobral em Rio Branco, tem uma grande relevância de serviços sociais e culturais oferecidos à população de Rio Branco, e, em especial, aos moradores da Baixada da Sobral: dança, música, capoeira, teatro, aula de violão e forró para a terceira idade estão entre as diversas modalidades que o Barracão dispõe para a população que viu todas serem suspensas por decorrência da pandemia.

Agora, após mais de um ano, o espaço volta a atender e a oferecer seus serviços gratuitos à comunidade. Nesta quinta-feira, 4, o Barracão recebeu a Associação de Arte em Movimento do Idoso de Rio Branco (AMIRB) e alunos do curso de Fonoaudiologia do Centro Universitário UniNorte. Os idosos puderam participar de atividades físicas e culturais, como canto e dança.

As atividades da AMIRB são realizadas no espaço cultural e incluem teatro, dança, coral, além de esportes e, em breve, cursos e oficinas. Todos são voltados à melhor idade e buscam a qualidade de vida e o fortalecimento de vínculos com familiares, além de servir como terapia ocupacional.

O coral dos idosos apresentou diversas músicas no auditório do teatro. Foto: Carol Lamar

A coordenadora da Associação, Raimunda Antunes, fala sobre o apoio do Governo do Estado, que fortalece a AMIRB. “Essa parceria nos fortalece, porque os idosos ficaram muito fragilizados nesse momento de pandemia. Muitos perderam familiares. A Associação está redobrando os cuidados com a pessoa idosa, trabalhando para garantir a qualidade de vida deles. Estamos tendo atividades de segunda a sexta-feira no teatro Barracão, com todos os cuidados exigidos pelos órgãos”, conta.

Dona Nazaré Amorim, de 67 anos, faz parte da AMIRB desde junho e sofria com depressão e ansiedade. “Um dia eu liguei pra Raimunda, que eu já conhecia, conversei com ela e disse que tinha um sonho de ser voluntária. Ela me convidou e comecei a ajudar a Associação. Hoje eu sou outra pessoa, me sinto muito gratificada por poder ajudar quem passa por problemas como ansiedade e depressão. A gente torna as pessoas felizes, interagindo com outros da mesma idade. Fazemos isso por amor.”, relata.

A AMIRB é apenas uma das diversas associações beneficiadas pelo Teatro Barracão Matias. Foto: Carol Lamar