Políticas Culturais

Inscrições para oficina de Produção Artística Sustentável se encerram na próxima sexta-feira

Com inscrições abertas até dia 26 de novembro, o Governo do Estado do Acre, através da Fundação de Cultura Elias Mansour (FEM), promove a oficina de Produção Artística Sustentável. As aulas serão ministradas em Brasileia e fazem parte do fomento e fortalecimento do setor artístico-cultural do Estado.

Foto: Hannah Lydia

As aulas ocorrem de 22 a 26 de novembro, das 18h às 22h, no Polo UAB, localizado na Avenida Prefeito Rolando Moreira, 230. As vagas são destinadas a pessoas com idade a partir de 15 anos. Os interessados devem se inscrever através do link shorturl.at/fsBNT, ou preencher o formulário físico disponível no local de execução da oficina.

Foto: Hannah Lydia

A oficina de Produção Artística Sustentável conta com o apoio da prefeitura de Brasileia, por meio de sua Secretaria Municipal de Cultura.

No Bujari, FEM realiza projeto de valorização do patrimônio histórico e cultural

Nos dias 10 e 11 de novembro, a Divisão de Patrimônio Histórico e Cultural da Fundação de Cultura Elias Mansour (DPHC-FEM) realizou, em parceria com a Secretaria Municipal de Cultura, Esporte e Lazer do município do Bujari, o projeto de Articulação Institucional para o fortalecimento, reconhecimento e valorização do patrimônio histórico e cultural do Acre, na escola municipal Edmundo Pinto de Almeida Neto.

As oficinas foram ministradas pelas servidoras da FEM Elane Cristine, Hannah Lydia e Aurinete Malveira. Foto: Hannah Lydia

Estiveram presentes os gestores municipais das pastas de cultura, educação, igualdade racial, obras, saúde, assistência social e controladoria, além de representantes da classe artística das áreas de capoeira, música, artes visuais, cordel, artesanato e fanfarra. A programação do projeto previu, no decorrer de 16 horas de capacitação, a realização de três oficinas e uma visita técnica cultural na cidade. Uma das atividades foi a divisão dos participantes em grupos de trabalhos para elencarem quais os bens culturais que eles reconheceram como traços identitários. Ao final da primeira parte, foram indicados 27 bens culturais.

Na segunda oficina, a servidora da FEM, Aurinete Malveira, explanou sobre a importância da educação patrimonial para o fortalecimento da cultura local e a organização do roteiro do corredor cultural que os gestores escolheram para a pesquisa de campo. Iniciando a vistoria técnica, servidoras da FEM, junto aos gestores municipais e fazedores de cultura, visitaram 7 bens patrimoniais. São eles: Açude do 29, Engenho da Caixa Agrícola, Poço do Seu Maciel, Pedra Fundamental da Rádio Comunitária, Poço das Lavadeiras, Palmeiras Imperiais e o Centro Daimista Luzeiro do Amanhã.

Em uma experiência imersiva, todos puderam visitar locais históricos do Bujari. Foto: Hannah Lydia

A última parte do projeto envolveu a realização de uma oficina de jornalismo cultural com os participantes, abordando a importância das mídias sociais e da divulgação das atividades artístico-culturais do município, além de uma aula prática sobre criação de release e utilização de celular em vídeos e fotos para registro das ações individuais e coletivas.

A gestora Rosimeire Sales contou que um município novo como o Bujari ainda não tem seu patrimônio histórico definido, então a presença do DPHC possibilitou um maior entendimento sobre o assunto e também um melhor diálogo. “Ao fazer um passeio pela cidade, nós nos despertamos pra locais tão importantes que às vezes não damos valor. Então foi um momento muito importante de aprendizado e de partilha, e vai ajudar muito o setor cultural do município.”. E acrescentou: “Estamos muito gratos e agradecemos o pessoal da FEM por nos proporcionar esse momento”.

Ao final dos dois dias de atividades, os participantes realizaram um sarau cultural para mostrarem seus trabalhos. Ocorreram apresentações de poesias, cordéis, músicas e uma exposição de artes plásticas. O coletivo pactuou que iria organizar um grupo de trabalho entre os artistas presentes e a gestão municipal para iniciar os estudos para implementação da legislação municipal de patrimônio histórico e cultural.

Confira a galeria:

Divisão de Patrimônio Histórico e Cultural da FEM inicia ações nos municípios

O projeto de Articulação Institucional para Fortalecimento, Reconhecimento e Valorização do Patrimônio Histórico e Cultural do Acre realizado pelo Governo do Estado do Acre, através da Divisão de Patrimônio Histórico e Cultural (DPHC) da Fundação de Cultura Elias Mansour (FEM),  iniciou suas ações no município de Senador Guiomard na Escola Estadual de ensino médio cívico-militar Professor Aldaci Simões da Costa. O contato com o primeiro município desta nova fase do projeto elencou 31 bens culturais entre os patrimônios imateriais e materiais que eles reconhecem como traços identitários da cultura do lugar.

Fotos: Hannah Lydia, DPHC, FEM

Estiveram presentes, os gestores municipais das pastas da Fundação Municipal de Cultura Adilá Gonçalves Vieira (FUNCAV), administração, educação, comunicação, meio ambiente e gestão. Na primeira parte do projeto, foi realizada a articulação institucional com os gestores, realizando a apresentação do projeto e as legislações que protegem e preservam o patrimônio cultural. 

O primeiro dia foi marcado pela construção coletiva do corredor cultural. Já no segundo dia, os representantes da prefeitura receberam a equipe da FEM para uma visita de campo aos bens culturais que foram apontados pelo grupo para análise técnica sobre as sugestões que cada um necessita para ser protegido e preservado. No total, a equipe visitou 6 bens, são eles: Igarapé Judia, Seringueira do Miltão, Cemitério Municipal, Castanheira da Hora, Seringal e Nascente do Igarapé Judia. Após a visita técnica, o grupo se reuniu novamente para a última oficina com a servidora Hannah Lydia que tratou sobre a importância do jornalismo cultural para potencializar o patrimônio histórico. Os participantes aprenderam a criar release e lead, bases jornalísticas importantes para qualquer comunicador.

Fotos: Hannah Lydia, DPHC, FEM

Além da oficina de mídias, a servidora Aurinete Malveira aplicou a oficina de educação patrimonial para o fortalecimento da cultura, utilizando a contextualização histórica da formação do povo, desde os povos originários, à vinda dos nordestinos, imigração japonesa e sulistas.

Para o presidente da FUNCAV, Eudiran Carneiro, as oficinas são de extrema importância para o desenvolvimento cultural da região.


“Quanto à minha concepção acerca do Projeto, foi de suma importância, uma vez que a partir de agora com os conhecimentos adquiridos podemos, através da Fundação Municipal de Cultura, criar a lei de implementação e proteção do Patrimônio Cultural para que de fato possamos proteger esse patrimônio, bem como explorar os potenciais que temos.” Eudiran Carneiro
Fotos: Hannah Lydia, DPHC, FEM

O projeto é uma continuação das ações que iniciaram em julho deste ano e visam fortalecer, reconhecer e valorizar o patrimônio histórico e cultural junto aos municípios do estado do Acre, à exceção de Rio Branco, sendo que este já possui políticas voltadas para a área.

Salvaguarda do modo de fazer farinha de Cruzeiro do Sul completa dois anos

O Governo do Estado do Acre através da Fundação de Cultura Elias Mansour (FEM) possui há dois anos a salvaguarda do modo de preparo da farinha de Cruzeiro do Sul. A Divisão de Patrimônio Histórico e Cultural (DPHC) da FEM iniciou suas pesquisas no ano de 2014 e realizou seu registro em 28 de setembro de 2019, após 4 anos de pesquisa, e coincidindo com a data de aniversário do município homônimo.

Mas, afinal, o que é uma salvaguarda? É uma medida de proteção oficial a algo. No caso da farinha, foi salvaguardado o registro do modo de fazer, não do objeto, constituindo-se a produção da farinha de Cruzeiro do Sul um patrimônio histórico imaterial do Estado do Acre.

Homens produzem farinha. Foto: acervo DPHC/FEM
O alimento, tão comum na culinária acreana, é o primeiro bem de natureza imaterial que é salvaguardado via decreto governamental. Proverbialmente tida como “especial”, a farinha de mandioca de Cruzeiro do Sul é conhecida na região como “a melhor do mundo”. Com qualidade e notoriedade pública reconhecidas, o bem recebeu o Selo de Indicação Geográfica concedido pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial (Inpi), que lhe assevera qualidade de origem e procedência.

 

Aspecto do preparo da farinha. Foto: acervo DPHC/FEM

O processo de salvaguarda de um bem ocorre por meio da indicação geográfica (IG) de um produto, medida para proteger e defender a sociobiodiversidade como patrimônio comum da humanidade. As IGs possibilitam salvaguardar características locais e regionais.

Uma das vantagens desse reconhecimento oficial, registrado em sua rotulagem, é que oferece garantia ao consumidor e uma proteção contra a utilização fraudulenta do nome do produto, resultando na fidelidade do cliente. Sendo assim, afiançar esse bem não é apenas uma questão econômica, mas também de legitimar a reputação do item, ligada às peculiaridades da região.

Historiadora  Irineida Nobre: “Empoderamento da comunidade produtora”. Foto: acervo DPHC/FEM

A comunidade produtora acredita que o que faz a farinha ser tão famosa é a dedicação e o zelo com o produto. A farinha de Cruzeiro do Sul tem um processamento diferenciado das outras farinhas, que lhe confere uma qualidade única.

Irineida Nobre, historiadora do DPHC da FEM, explica que um bem salvaguardado é o retrato da identidade de uma comunidade. E acrescenta: “A salvaguarda de um bem é muito importante por empoderar a comunidade produtora, além de dar visibilidade e estimular o ensinamento para seus descendentes, e de auxiliar no valor de mercado do produto. O empoderamento social das comunidades é essencial, pois todos ganhamos com um bem que é nosso”.

 
A farinha de Cruzeiro do Sul é um artigo conceituado nos estabelecimentos comerciais acreanos. Foto: acervo DPHC/FEM

Amarela, crocante, com ou sem coco, sua coloração, variações e acidez são apenas algumas das características que a adjetivam. O que qualifica a farinha de Cruzeiro do Sul são seus aspectos culturais e simbólicos, além dos conhecimentos aprofundados dos pequenos agricultores, que são passados de pai para filho. A dedicação e cuidado com a produção, por meio da agricultura familiar, é o que demonstra uma mescla de conhecimentos tradicionais seculares e elementos de origem indígena.

O processo é mais importante do que o produto em si, pois qualifica e influencia os demais fatores. Por esses motivos familiares e afetivos, a produção da farinha despontou na região, fazendo parte da formação, da organização e da identidade do território. Além da famosa crocância, dos aromas e diversos sabores, a farinha é um elemento fundamental para a historicidade do povo acreano.

Governo do Estado prorroga inscrições para edital de credenciamento

O prazo de inscrição para o Edital de Credenciamento nº001/2021 foi revogado até esta quarta-feira, 8. Este chamamento público tem como objetivo: solicitar profissionais interessados a prestar serviços de mediação de oficinas culturais. As inscrições deverão ser feitas apenas pelo endereço de e-mail fem.credenciamento@gmail.com.

O edital está disponível na aba “Editais” do portal de cultura do Governo. Os profissionais que desejam se inscrever devem ser apenas pessoas físicas com idade igual ou superior a 18 anos. O candidato também deve preencher a ficha de inscrição disponível no site da FEM, comprovar as competências específicas e encaminhar, em formato PDF, uma lista de documentos especificada no edital.

Os recursos para a execução do plano de ação provém de arrecadação de impostos e transferências constitucionais, e totalizam R$120 mil. Os contratados receberão, pelo serviço prestado, o valor de R$100 por hora-aula.

Serão 9 municípios atendidos: Rio Branco, Senador Guiomard, Sena Madureira, Brasiléia, Tarauacá, Manoel Urbano, Feijó, Cruzeiro do Sul e Porto Acre. Caso o profissional contratado resida em uma cidade diferente de onde será ministrada a oficina, a FEM disponibilizará translado intermunicipal.
Os candidatos serão selecionados em um sorteio realizado em sessão pública de forma eletrônica, transmitido ao vivo através das redes sociais da FEM: Facebook e Instagram. A data, local e hora serão informados pela comissão de credenciamento através do site da Fundação.

São 16 ações de formação nas áreas: artes visuais, teatro, audiovisual, dança e música. Serão selecionados apenas oficineiros acreanos e/ou que residam no Acre durante o período de execução da oficina. A vigência do edital vai até dia 31/12/2021.

Governo do Estado abre inscrições para contratar profissionais da cultura

O governo do Estado do Acre, por meio da Fundação de Cultura Elias Mansour (FEM), inicia as inscrições para o Edital de Credenciamento nº 001/2021. Este chamamento público tem como objetivo solicitar profissionais interessados a prestar serviços de mediação de oficinas culturais, em cumprimento ao Plano Plurianual 2020-2023 da FEM. As inscrições se dão de 23 de agosto a 3 de setembro de 2021 e deverão ser feitas apenas pelo endereço de e-mail fem.credenciamento@gmail.com.

O edital está disponível na aba “Editais” do portal de cultura do Governo. Os profissionais que desejem se inscrever devem ser apenas pessoas físicas com idade igual ou superior a 18 anos. O candidato também deve preencher a ficha de inscrição disponível no site da FEM, comprovar as competências específicas e encaminhar, em formato PDF, uma lista de documentos especificada no edital.

Os contratados receberão, pelo serviço prestado, o valor de R$100 por hora-aula. Foto: Arquivo.

Os recursos para a execução do plano de ação provém de arrecadação de impostos e transferências constitucionais, e totalizam R$120 mil. Os contratados receberão, pelo serviço prestado, o valor de R$100 por hora-aula.

Serão 9 municípios atendidos: Rio Branco, Senador Guiomard, Sena Madureira, Brasileia, Tarauacá, Manoel Urbano, Feijó, Cruzeiro do Sul e Porto Acre. Caso o profissional contratado resida em uma cidade diferente de onde será ministrada a oficina, a FEM disponibilizará translado intermunicipal.

Os candidatos serão selecionados em um sorteio realizado em sessão pública de forma eletrônica, transmitido ao vivo através das redes sociais da FEM: Facebook e Instagram. A data, local e hora serão informados pela comissão de credenciamento através do site da Fundação.

São 16 ações de formação nas áreas: artes visuais, teatro, audiovisual, dança e música. Serão selecionados apenas oficineiros acreanos e/ou que residam no Acre durante o período de execução da oficina. A vigência do edital vai até dia 31/12/2021.

Em Mâncio Lima, equipe da divisão de patrimônio histórico da FEM promove oficinas

Mâncio Lima foi a sexta cidade acreana a receber a equipe multidisciplinar do Governo do Acre, a Divisão de Patrimônio Histórico e Cultural da Fundação de Cultura Elias Mansour (DPHC/FEM) que estão desenvolvendo o projeto “Articulação Institucional para Reconhecimento, Fortalecimento e Valorização do Patrimônio Histórico e Cultural do Acre”.

Os gestores de Mâncio Lima participaram de várias oficinas voltadas para o fortalecimento do patrimônio histórico e cultural do município, bem como o trabalho de retomada do sentimento de pertencimento dos munícipes com os bens históricos e culturais da cidade.

No primeiro dia das atividades, os gestores receberam a capacitação das oficinas de Legislação Nacional e Internacional de Patrimônio Histórico e Cultural, Educação Patrimonial e Jornalismo Cultural e Criação de Conteúdos de Publicidade Cultural.

Já no segundo dia, os gestores efetuaram visitas de campo acompanhados da equipe multidisciplinar. Na oportunidade, visitaram a Alameda das Águas, local onde anualmente acontecem os bailes carnavalescos da cidade, a fazenda de café da região e a aldeia indígena Puyanawa.

A equipe da FEM elencou vários pontos a serem valorizados e fortalecidos no município, entre eles a proteção da Serra do Divisor, os inúmeros igarapés que cortam a cidade e os rituais religiosos promovidos pelos povos indígenas Puyanawa.

“Se há uma grande riqueza cultura e patrimonial no município, desde bens materiais e imateriais que são intrínsecas dos manciolimenses, é necessário que se tenha por parte de todos o sentimento de pertence”, destaca Aurinete Malveira assessora e arquiteta da FEM.

O coordenador municipal de Cultura de Mâncio Lima destacou a importância do projeto para a cultura e para a gestão.

“Sem dúvidas esse projeto é de fundamental importância para nosso município e para gestão. Foram dias de profundo aprendizado e conhecimento. Vamos trabalhar para implantar a Lei Municipal de Patrimônio Histórico e Cultural e resgatar o sentimento de valorização e proteção dos bens culturais identificados”, destacou ele.

Confira a galeria abaixo:

Abraço Cultural: Projeto do governo do Estado por meio da Fundação Elias Mansour chega ao Juruá

Por DARTES

O projeto Abraço Cultural, ação do Governo do estado do Acre, realizado através da Fundação de Cultura Elias Mansour (FEM), fez sua primeira parada, desta nova edição, no município de Rodrigues Alves.

O evento aconteceu ontem dia, 18, na praça Hilda Saraiva e reuniu um público que teve a oportunidade de assistir gratuitamente o espetáculo teatral do Grupo El Shamah, a apresentação de dança do grupo Baila Hists, e o show da banda de forró Delirius. Ainda no evento, aconteceu a apresentação ilustre do grupo Jabuti Bumba que é reconhecido e premiado nacionalmente pelas suas performances em defesa da natureza e a cultura popular amazônica.

O evento foi aberta ao público e seguiu todas as recomendações do Ministério da Saúde e orientações do Comitê Pacto Acre sem Covid. O corpo de bombeiros e a guarda municipal de Rodrigues Alves estiveram presentes durante as realizações.

O chefe do Departamento de Políticas Culturais, Diego Negreiros, esteve presente na atividade e detalhou a importância desta ação cultural.

“Com o avanço da vacinação em todo Estado, começamos aos poucos retomar as atividades culturais com presença reduzida de público. Nosso objetivo maior é fomentar a cadeia produtiva da arte e ao mesmo tempo gerar renda para esses trabalhadores da cultura. Todos os artistas remunerados que participaram do evento são de Rodrigues Alves”, explicou ele.

Esse tipo de atividade também é muito importante para a economia local, foi o que afirmou Antônio Carlos, proprietário de um pequeno lanche localizado na praça onde foi realizado o evento.

“Passamos por muitas dificuldades financeiras durante essa pandemia. Pensamos até em desistir do nosso lanche que é a única fonte de renda da nossa família, mas uma atividade como essa que o governo do estado e a Fundação Elias Mansour estão realizando sem dúvidas nos traz a esperança de dias melhores”, declarou o comerciante autônomo.

O projeto Abraço Cultural segue no Juruá até o próximo dia 23 de agosto, com eventos hoje, 19, em Cruzeiro do Sul no teatro dos Náuas e sábado, 21, em Mâncio Lima no Bairro São Francisco, em frente ao mercado Ermecilio Barreto.

O patrimônio histórico-cultural e sua importância para a sociedade

Por: Robson Antônio Rodrigues, Phd em arqueologia brasileira,
Jane Pessôa Coêlho, especialista em arqueologia

Ao começarmos a entender o valor dos bens culturais de um povo temos que ter em mente o que define e fundamenta a vida de uma sociedade quanto às suas características, seus costumes, seus comportamentos, e como esses elementos podem ser registrados e preservados para seus sucessores em formato de memória e identidade histórica, sendo definido como patrimônio social.

O Patrimônio é tudo o que nos é transmitido como uma herança. O Patrimônio Cultural remete à riqueza simbólica e tecnológica desenvolvida pelos grupos humanos que nos antecederam. Trata-se de um conjunto de conhecimentos e realizações de uma comunidade, acumulados ao longo de sua história, que conferem os traços de sua identidade.

De acordo com a constituição federal, os patrimônios são os modos de expressão, formas de criar, criações científicas e tecnológicas, obras, objetos, documentos, edificações e demais espaços destinados às manifestações artísticas ou culturais, além de conjuntos urbanos e sítios de valor histórico, paisagístico, artístico, arqueológico, ecológico e científico (CONSTITUIÇÃO FEDERAL DO BRASIL, 1988).

Aliado ao conceito de patrimônio histórico está o de patrimônio cultural. Segundo o artigo 216.º da Constituição, o patrimônio cultural representa os bens: “(…) de natureza material e imaterial, tomados individualmente ou em conjunto, portadores de referência à identidade, à ação, à memória dos diferentes grupos formadores da sociedade brasileira”.

Segundo o Decreto Lei n.º 25 de 1937, Art. 1.º, “Constitui o patrimônio histórico e artístico nacional o conjunto dos bens móveis e imóveis existentes no país e cuja conservação seja de interesse público, quer por sua vinculação a fatos memoráveis da história do Brasil, quer por seu excepcional valor arqueológico ou etnográfico, bibliográfico ou artístico.”.

A importância de se preservar o Patrimônio Histórico está associada à constituição de uma memória coletiva, considerando que é por meio da memória que nos orientamos para compreender o passado, o comportamento de um determinado grupo social, uma cidade ou mesmo uma nação. O estímulo da memória também contribui para a formação de identidade, retomada de raízes, e a compreensão a respeito da situação sociocultural de um povo.

Sabemos que a História é uma construção social, por isso a consciência da história e a memória são parte dessa construção, pois permite fixar informações ao longo do tempo e dá identidade ao ser humano. Nesse aspecto, a memória permite um envolvimento que estimula o sentimento e alimenta a necessidade do ser humano saber sobre si, sobre seu passado, sobre seu presente, sobre suas conquistas. Por isso a memória pode ser definida como um combustível da história humana.

Patrimônio: é tudo aquilo que nos pertence, “nossas coisas”, tudo que pertence a um indivíduo, a uma instituição, a um lugar, uma região ou uma comunidade. O patrimônio pode ser tanto material como imaterial. Material é tudo aquilo que é tangível, mensurável, palpável. O Imaterial é composto pelas nossas crenças, valores, costumes. Desta forma o patrimônio engloba vários segmentos, dentre eles: ambiental e paisagístico, paleontológico, cultural, arqueológico, histórico, artístico, arquitetônico e afetivo (memória).

O termo patrimônio histórico cultural diz respeito a tudo aquilo que é produzido, material ou imaterialmente, pelo ser humano e que definimos como cultura de uma sociedade. De acordo com sua importância, em geral, deve ser preservado por representar uma riqueza cultural para a comunidade e para a humanidade.

O patrimônio é a herança de um povo, que garante a preservação de sua memória e da cultura, conferindo-lhe identidade e alteridade. São bens potencialmente incorporáveis à memória local, regional e nacional, compondo parte da herança cultural legada pelas gerações passadas às gerações futuras. Por isso a valorização do patrimônio histórico cultural é a valorização da identidade que molda as pessoas.

Por meio do patrimônio histórico cultural podemos conhecer a história e tudo que a envolve. Por exemplo, a arte, as tradições, os saberes de determinado povo. Preservar e valorizar os elementos culturais de um povo é manter viva a sua identidade. Trata-se, portanto, de um ato de construção da cidadania.

Ações promovem o fortalecimento da cultura no interior do Estado

Em suas primeiras edições, a Fundação de Cultura Elias Mansour (FEM) promove duas ações simultâneas visando fortalecer os laços com a população do interior: O Abraço Cultural e o projeto de articulação institucional para o reconhecimento, fortalecimento e valorização do patrimônio histórico e cultural do Acre. 

O Abraço Cultural inicia-se nesta quarta-feira, 18, no município de Rodrigues Alves. Shows musicais, contação de histórias, cinema, dança, teatro e rodas de conversa são algumas das atividades promovidas pelo Abraço. Essas ações serão realizadas por artistas locais, a fim de oportunizar e incentivar a cultura da região. A programação de cada cidade poderá ser consultada através das redes sociais e do portal de cultura da FEM, a partir do dia 16. O evento segue por toda a região do Juruá até o dia 29 de agosto.

Já o projeto de articulação institucional começa nesta segunda-feira, 16, em Cruzeiro do Sul e segue para os municípios de Rodrigues Alves, Mâncio Lima, Tarauacá e Feijó. O objetivo deste projeto, articulado pela Divisão de Patrimônio Histórico e Cultural da FEM, é de auxiliar na implementação das leis municipais de patrimônio histórico e cultural. Ele conta com parcerias entre as Secretarias Municipais de Cultura de cada cidade. O projeto segue até dezembro de 2021.

Para o presidente da Fundação, Manoel Pedro (Correinha), ações como essa fomentam a cultura local, já que os fazedores e gestores de cultura também são envolvidos no projeto. “Isso amplia o entendimento sobre as políticas culturais de todo o Estado, fazendo com que elas sejam mais valorizadas por toda a comunidade”, conta.

Todos os eventos exigem o cumprimento das normas estaduais de saúde, como o uso de máscaras, álcool em gel e também zelando pelo distanciamento social.