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GRUPO CANDEEIRO REALIZA APRESENTAÇÕES SOBRE HISTÓRIA ACREANA

A Associação Teatro Candeeiro, através do edital de Formação nº 001/2020 da Lei Aldir Blanc, gerido pela Fundação de Cultura Elias Mansour (FEM), está em cartaz com a apresentação do espetáculo “Afluentes Acreanas”. A peça tem roteiro de Jaqueline Chagas e navega pela história do Acre, desde seu descobrimento até os dias atuais. No momento as apresentações estão pausadas devido a regressão de bandeira em todo o Estado, mas devem retornar com a melhora do quadro.

“Afluentes Acreanas” é descrita como navegar pela história do Acre, desde as origens do território acreano até os dias de hoje. Traz histórias antigas dos tempos da seringa, da Revolução Acreana, de nomes significativos para a construção do Estado, mas também de nomes que não são tão conhecidos. “De pessoas que passaram pelo território e deixaram suas histórias aqui. Histórias do povo, histórias orais”, relata Jaqueline.

Uma das frases da peça é: “as nossas histórias nem sempre são únicas, mas são quem nós somos”. A roteirista e escritora conta que a história do Acre nem sempre é bonita, envolveu muito sangue, mas que não se pode omitir esses fatos. São base para a construção do território hoje em dia. Mas também existe essa exaltação da herança do povo acreano, de quem veio antes.

Jaqueline conta que a ideia surgiu durante uma aula na faculdade, onde foi questionada sobre as origens de sua ascendência indígena.  “Eu não soube responder, eu sabia que tinha, mas não fazia ideia de qual ou de onde vinha a história da minha família, ninguém falava muito sobre. ”, relembra.

Sobre a história atual, a peça brinca com uma frase já conhecida pelos acreanos: “O Acre existe ou não? ”, e leva o público a pensar o motivo pelo qual essa “possível” existência é atribuída justamente ao Estado. O espetáculo também graceja com costumes do povo, como ir à Praça da Revolução tomar tacacá ou comer baixaria no Mercado Velho. “A peça inteira é isso! É navegar pelo Acre, pela farinha de Cruzeiro do Sul, pelo açaí de Feijó… É um mergulho pela nossa formação”, diz a roteirista.

Jaqueline e o produtor Hysnaip Moura escreveram o projeto juntos, mas a escritora conta que acompanhou todo o processo de aprovação da Lei Aldir Blanc, acompanhando o site da FEM e participando das conversas dos segmentos culturais que ocorreram em setembro de 2020.

“Inicialmente a gente tinha conseguido um financiamento para fazer a peça, mas com a pandemia tudo parou e perdemos a oportunidade. Mas aí vieram os editais da Lei Aldir Blanc”, explica Jaqueline. “Teve gente que assistiu desde a temporada que fizemos em dezembro de 2020 e que estão voltando, assistindo tudo com novo cenário, novos adereços, vendo as mudanças. ”

O espetáculo teve de ser interrompido devido à bandeira vermelha, mas deve retornar em abril.

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